Kamala diz que Trump cortará programas de saúde dos EUA se for reeleito
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Por Jeff Mason e Steve Holland
MADISON, WISCONSIN (Reuters) - A candidata presidencial democrata Kamala Harris alertou os eleitores nesta quinta-feira que o republicano Donald Trump e seus aliados vão reduzir os programas de saúde se ele vencer a disputa pela Casa Branca.
Kamala alegou ainda que os comentários de Trump em um comício na quarta-feira eram ofensivos às mulheres.
Em uma breve entrevista coletiva, a vice-presidente lembrou aos eleitores que o ex-presidente Trump tentou, sem sucesso, revogar o Affordable Care Act, também conhecido como Obamacare, durante a presidência de 2017 a 2021.
'A assistência médica para todos os americanos está em jogo nesta eleição', disse ela a repórteres em Madison, Wisconsin.
Em resposta, Trump disse que não quer se livrar do programa. 'Eu nunca mencionei fazer isso, nunca sequer pensei em tal coisa', ele postou em sua plataforma Truth Social, depois que Kamala fez o comentário.
O Affordable Care Act de 2010 fornece cobertura para cerca de 40 milhões de americanos como parte do mosaico de programas de seguro saúde do país. Uma responsabilidade política para os democratas quando foi sancionada em 2010, a lei agora é amplamente popular entre o público.
Pesquisas de opinião mostram uma disputa historicamente acirrada entre Kamala e Trump, com o resultado da eleição presidencial da próxima terça-feira provavelmente sendo decidido em sete estados-chave.
Pesquisa Reuters/Ipsos em outubro mostrou que a disputa estava fortemente dividida entre gêneros, com Kamala liderando entre as mulheres por 12 pontos percentuais e Trump liderando entre os homens por sete pontos percentuais.
Kamala fez dos direitos ao aborto um pilar fundamental de sua campanha, enquanto Trump prometeu reduzir drasticamente a imigração.
'Quer as mulheres gostem ou não, eu tenho que protegê-las. Vou protegê-las dos migrantes que estão chegando. Vou protegê-las de países estrangeiros que querem nos atingir com mísseis e muitas outras coisas', ele disse em um comício na quarta-feira em Green Bay, Wisconsin.
Kamala disse aos repórteres que considerou o comentário 'goste ou não' ofensivo.
'Na verdade, acho que é muito ofensivo para as mulheres em termos de não entender sua agência, sua autoridade, seu direito e sua capacidade de tomar decisões sobre suas próprias vidas, incluindo seus próprios corpos', disse.
Tanto Kamala quanto Trump farão campanha mais tarde em Nevada, o menor dos sete estados indecisos.
Um comício de Kamala em Las Vegas contará com a cantora Jennifer Lopez e a banda mexicana de pop rock Maná. Outro comício está marcado para mais tarde em Reno, Nevada. Trump fará campanha em Henderson, um subúrbio de Las Vegas.
VOTAÇÃO EM ANDAMENTO
Quase 61 milhões de norte-americanos já votaram, de acordo com o Laboratório Eleitoral da Universidade da Flórida.
Os resultados da votação antecipada em Nevada mostram um cenário promissor para os republicanos até agora, de acordo com o comentarista político Jon Ralston.
Trump também viajará para o Novo México nesta quinta-feira, refletindo uma tentativa tardia de vencer estados que estavam fora de seu alcance em 2020.
Kamala e seu companheiro de chapa Tim Walz também estarão em Phoenix, Arizona, outro estado que ambas as campanhas estão competindo ferozmente para conquistar.
(Reportagem de Jeff Mason e Steve Holland; reportagem adicional de Doina Chiacu, Andy Sullivan, Stephanie Kelly e Alexandra Ulmer; texto de Andy Sullivan e Costas Pitas)
((Tradução Redação São Paulo)
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Escrito por Reuters
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