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Kim Jong Un acusa EUA de alimentarem tensões e alerta para guerra nuclear

Placeholder - loading - Líder norte-coreano, Kim Jong Un 07/10/2024 KCNA via REUTERS
Líder norte-coreano, Kim Jong Un 07/10/2024 KCNA via REUTERS

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Por Hyonhee Shin

SEUL (Reuters) - O líder norte-coreano, Kim Jong Un, acusou os Estados Unidos de aumentarem as tensões e as provocações, dizendo que a península coreana nunca passou por um risco maior de guerra nuclear, afirmou a mídia estatal KCNA nesta sexta-feira.

Os comentários foram feitos em meio a críticas internacionais sobre a cooperação militar cada vez mais estreita entre Pyongyang e Moscou, e afirmações de que a Coreia do Norte enviou mais de 10.000 soldados à Rússia para apoiar a invasão da Ucrânia.

Negociações anteriores com os EUA apenas destacaram a política 'agressiva e hostil' de Washington em relação à Coreia do Norte, disse Kim em um discurso em uma exposição militar na capital Pyongyang, segundo a agência KCNA.

'Nunca antes as partes em conflito na península coreana enfrentaram um confronto tão perigoso e agudo que poderia se transformar na mais destrutiva guerra termonuclear', disse ele na quinta-feira.

'Já fomos o mais longe possível nas negociações com os Estados Unidos', disse, acrescentando que as conversas apenas mostraram que sua política agressiva e hostil em relação à Coreia do Norte nunca mudaria.

A imprensa estatal norte-coreana ainda não mencionou publicamente a reeleição de Donald Trump, que realizou três reuniões sem precedentes com Kim durante seu primeiro mandato, em Cingapura, Hanói e na fronteira coreana, em 2018 e 2019.

Mas sua diplomacia não produziu nenhum resultado concreto devido à lacuna entre os apelos dos EUA para que a Coreia do Norte abandone suas armas nucleares e as exigências de Kim para o alívio das sanções.

Trump há muito tempo destaca seus laços com Kim, dizendo no mês passado que os dois países teriam tido 'uma guerra nuclear com milhões de pessoas mortas' se ele não a tivesse impedido graças a seus laços com o líder norte-coreano.

Hong Min, pesquisador do Instituto Coreano para a Unificação Nacional em Seul, disse que Kim poderia estar tentando enfatizar as capacidades nucleares de Pyongyang antes do segundo mandato de Trump, deixando a porta aberta para a diplomacia.

'Ele pode estar sugerindo que Trump deve mostrar sua 'disposição para coexistir' antes de reabrir qualquer conversa e pedir uma mudança na atitude hostil dos EUA', disse Hong.

Kim também pediu o desenvolvimento e a atualização de versões 'ultramodernas' de armamentos e prometeu continuar avançando nas capacidades de defesa para reforçar a posição estratégica do Norte, segundo a KCNA.

Armas estratégicas e táticas foram exibidas no evento, chamado de Exposição de Desenvolvimento de Defesa.

A Coreia do Norte enviou mais armas para a Rússia, disseram os parlamentares do Sul na última quinta-feira, após serem informados pela agência nacional de inteligência.

Escrito por Reuters

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