Kremlin nega reportagem de que a Rússia estaria por trás da 'Síndrome de Havana'
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MOSCOU (Reuters) - O Kremlin negou nesta segunda-feira uma reportagem segundo a qual o serviço de inteligência militar da Rússia poderia estar por trás da misteriosa 'Síndrome de Havana', doença que afligiu diplomatas e espiões dos EUA em todo o mundo.
O Insider, grupo investigativo focado na Rússia e sediado em Riga, na Letônia, informou que membros de uma unidade de inteligência militar russa (GRU) conhecida como 29155 foram posicionados no local de incidentes de saúde relatados envolvendo funcionários dos EUA.
A investigação de um ano do Insider, em colaboração com o programa norte-americano 60 Minutes e a revista alemã Der Spiegel, também afirmou que membros seniores da Unidade 29155 receberam prêmios e promoções por trabalhos relacionados ao desenvolvimento de 'armas acústicas não-letais'.
'Esse não é mesmo um assunto novo. Por muitos anos, o tópico da chamada 'Síndrome de Havana' foi exagerado na imprensa e, desde o começo, foi vinculado a acusações contra o lado russo', disse a jornalistas o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, ao ser questionado sobre a reportagem.
'Mas ninguém nunca publicou ou expressou evidências convincentes sobre essas acusações sem fundamentos em lugar nenhum', afirmou Peskov.
'Logo, tudo isso não passa de mais acusações sem fundamentos da imprensa.'
Em Washington, o Pentágono confirmou que uma de suas autoridades seniores teve sintomas similares aos associados com a 'Síndrome de Havana' durante a cúpula da Otan em Vilnius no ano passado.
Os sintomas da doença incluem enxaquecas, náusea, lapsos de memória e tontura.
(Reportagem adicional de Idrees Ali e Jonathan Landay em Washington)
Escrito por Reuters
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