Kyrsten Sinema deixa Partido Democrata, aumentando drama sobre margem apertada no Senado dos EUA
Publicada em
Por Richard Cowan e Doina Chiacu
WASHINGTON (Reuters) - A senadora norte-americana Kyrsten Sinema, do Estado do Arizona, está deixando o Partido Democrata para se tornar independente, disse ela nesta sexta-feira, poucos dias depois que os democratas venceram a corrida para o Senado na Geórgia e garantiram 51 assentos na Câmara de 100 membros, divididos por profundas divisões políticas.
“Como muitos no Arizona, nunca me encaixei perfeitamente em nenhum dos partidos nacionais', disse Sinema em um artigo para o jornal Arizona Republic.
Um assessor não disse se Sinema continuaria a compor a bancada com os democratas.
A própria Sinema, no entanto, disse que não iria se juntar à bancada do Partido Republicano, segundo entrevista publicada pelo site Politico nesta sexta-feira. Se isso se mantiver, os democratas ainda poderão manter um maior controle na Casa, fortemente dividida, atenuando o impacto de sua saída.
O anúncio surpresa de Sinema veio quando o futuro da agenda do presidente democrata Joe Biden na segunda metade de seu mandato já estava obscurecido pelos republicanos que assumiriam o controle da Câmara dos Representantes em 3 de janeiro.
Com sua forte tendência conservadora, os republicanos da Câmara já alertaram Biden de que buscarão cortes profundos nos gastos domésticos e medidas mais duras de segurança nas fronteiras. Caberá aos democratas do Senado frustrar as iniciativas republicanas.
As declarações de Sinema até agora indicam que ela continuará trabalhando da maneira independente que demonstrou nos últimos dois anos: colaborando com democratas e republicanos para promulgar leis, sem medo de erguer barreiras que frustram a Casa Branca, o líder da maioria no Senado, Chuck Schumer e outros colegas democratas nacionalmente e em seu Estado natal.
(Reportagem de Richard Cowan, Susan Heavey, Doina Chiacu e David Morgan)
Escrito por Reuters
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