Lava Jato eleitoral mira deputado Paulinho da Força por caixa 2 e lavagem de dinheiro
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Por Lisandra Paraguassu
BRASÍLIA (Reuters) - A Polícia Federal e o Ministério Público Eleitoral em São Paulo deflagraram nesta terça-feira a operação Dark Side, que tem como alvo principal o deputado federal Paulinho da Força (SD-SP), acusado de caixa 2 nas eleições de 2010 e 2012 e de lavagem de dinheiro.
De acordo com nota do MP em São Paulo, essa é a primeira fase de desdobramentos da operação Lava Jato na Justiça Eleitoral, depois que o Supremo Tribunal Federal decidiu pelo envio à Justiça Eleitoral dos crimes relacionados às campanhas.
Foram cumpridos sete mandados de busca e apreensão em endereços em Brasília e em São Paulo. Entre os endereços estão o gabinete de Paulinho na Câmara e seu apartamento em Brasília, e a sede da Força Sindical em Brasília.
O deputado é acusado de ter recebido doações eleitorais não contabilizadas nas eleições de 2010 e 2012, em valores que somam 1,7 milhão de reais.
'Referidos pagamentos teriam ocorrido por meio da simulação da prestação de serviços advocatícios e também mediante o pagamento de valores em espécie, contando para isso com doleiros contratados pelo referido grupo', diz a nota.
Segundo o MP, o genro de Paulinho era um dos sócios do escritório de advocacia que estaria envolvido na simulação da prestação de serviços. A quebra do sigilo da empresa teria permitido a identificação de transferência de recursos saídos da Força Sindical para a campanha de Paulinho, sem declaração de doações.
Em nota publicada nas suas redes sociais, o deputado confirmou a operação, mas disse que tomou conhecimento das acusações pela imprensa e sua defesa não teve acesso aos autos e nem cópia da decisão que autorizou as buscas.
'Caso os mandados digam de fato respeito a alegado caixa dois dos anos de 2010 e 2012, a partir da delação da JBS, conforme notícias veiculadas, o deputado lamenta o ocorrido na data de hoje tendo em vista que já são passados 10 anos desde os fatos apontados, sendo que suas contas das eleições de 2010 e 2012 foram aprovadas regularmente pela Justiça Eleitoral', diz a nota.
'Por fim, o parlamentar confia que a apuração chegará à conclusão de que os fatos trazidos não possuem nenhum fundamento.'
Escrito por Reuters
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