Lava Jato garantiu que eleitor possa votar em outubro sabendo a verdade, diz Marina
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SÃO PAULO (Reuters) - A candidata da Rede à Presidência, Marina Silva, disse nesta segunda-feira que a Lava Jato garantiu que a população possa votar este ano sabendo a verdade e que há envolvidos na operação na 'linha de frente da eleição'.
'Agora as pessoas sabem da verdade, a verdade que foi revelada pela Lava Jato. A grande dificuldade que nós temos pela frente é o que fazer com essa verdade', disse a candidata a jornalistas após participar de evento em São Paulo.
'Os que criaram problemas já estão todos perfilados para continuar no poder. E os que criaram o problema não têm como resolver o problema, eles só vão agravar o problema', disse Marina, sugerindo que talvez alguns partidos tenham de tirar um período sabático para avaliações, citando o MDB, PT e PSDB.
'É muito estranho dizer que vai ter tolerância zero com a corrupção e ter todos os que estão envolvidos na Lava Jato já na linha de frente da eleição', afirmou a candidata, sem citar nomes.
Durante o evento, a ex-ministra defendeu que não tem preconceito com legados de outros partidos, como PT e PSDB e que não irá 'inventar a roda', mas que é preciso traçar outro caminho, uma vez que o atual levará a um 'poço sem fundo'.
PSDB
Questionada sobre a possibilidade de aceitar o apoio do PSDB num eventual segundo turno, Marina não negou, mas disse que discutirá o 'segundo turno no segundo turno'.
'Eu sempre digo que vou governar com pessoas de bem, de todos os partidos, desde 2010, e pessoas de bem da sociedade. A diferença é que não serão apenas os partidos. A academia, os movimentos sociais, os empresários de bem terão espaço dentro do governo', afirmou.
Marina voltou a comentar afirmação do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, que disse em entrevista ao jornal O Globo que falta 'um pouco de malignidade' à candidata.
Para ela, talvez seja o excesso de malignidade que tenha levado o Brasil a essa situação de malignidade. 'É preciso a gente botar uma forcinha da virtude.'
(Reportagem de Laís Martins)
Escrito por Thomson Reuters