Lei de rendição da Colômbia não perdoará traficantes de drogas, diz ministro da Justiça
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Por Luis Jaime Acosta
BOGOTÁ (Reuters) - A Colômbia não vai perdoar traficantes de drogas nem os libertar da prisão sob acordos de rendição que o governo quer fazer com grupos criminosos, mas isso vai desmantelar as gangues, disse o ministro da Justiça.
O ministro Néstor Iván Osuna está liderando os esforços do governo do presidente de esquerda Gustavo Petro para fazer com que os parlamentares aprovem uma lei de rendição para grupos criminosos como parte do compromisso de Petro de trazer 'paz total' à Colômbia.
A produção e o tráfico de cocaína são considerados os principais impulsionadores de um conflito armado de quase seis décadas na Colômbia, que já deixou mais de 450.000 mortos e milhões deslocados.
Atualmente, o governo conta com uma maioria no Congresso, mas a proposta de rendição tem sido duramente criticada por alguns políticos e pelo procurador-geral, Francisco Barbosa, que alertou sobre os riscos de negociar com traficantes de drogas e potencialmente perdoá-los.
'Não há perdões, não há liberações em massa (da prisão). Há a oferta de um desmantelamento voluntário de estruturas armadas em troca de um tratamento penal mais benigno', disse Osuna em uma entrevista à Reuters na terça-feira. 'Essa é uma lei que busca superar um problema de violência.'
Grupos interessados precisam se comprometer a destruir suas redes criminosas, reconhecer seus crimes, reparar as vítimas e entregar armas, bens e informações sobre suas atividades, disse ele.
A lei aplicaria sentenças de cerca de 30 anos a membros de gangues criminosas que não cumprirem adequadamente o processo.
(Reportagem de Luis Jaime Acosta)
Escrito por Reuters
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