Lewis Capaldi, Rita Ora, James Blunt e outros assinam carta condenando racismo
Em documento divulgado neste domingo (02), artistas da indústria musical britânica defendem: “O silêncio não é uma opção”
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Uma série de personalidades da indústria musical britânica, incluindo os cantores Lewis Capaldi, Rita Ora e James Blunt, assinaram neste domingo, 02, uma carta aberta condenando manifestações de racismo no setor. A iniciativa surge depois que o cantor Wiley compartilhou em suas redes sociais mensagens anti-semitas, fazendo comparações entre a comunidade judaica e a Ku Klux Klan – grupo supremacista branco criado em 1860 nos Estados Unidos.
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“Seja o racismo sistêmico e a desigualdade racial revelados pela brutalidade policial continuada nos Estados Unidos ou pelo racismo antissemita perpetrado por meio de ataques online, o resultado é o mesmo: desconfiança, ódio e divisão”, diz a carta, que também faz alusão ao assassinato de George Floyd, afro-americano que foi brutalmente morto por um policial civil branco em Minneapolis no dia 25 de maio deste ano.
Além de músicos, o documento foi assinado por produtores, compositores e gravadoras sediadas principalmente no Reino Unido, com o objetivo de demonstrar que “o amor, a unidade e a amizade, e não a divisão e o ódio, devem ser agora e sempre a causa comum”.
Entre os signatários, também estão os artistas The 1975, Clean Bandit, Niall Horan, Lily Allen, Richie Sambora e os representantes de Ed Sheeran e Stevie Wonder, além das gravadoras EMI, Universal Music UK, Warner Music UK e Sony Music UK.
A carta destaca que, da escravidão ao holocausto, “minorias de todas as origens e credos têm lutado e sofrido”, deixando “memórias coletivas dolorosas”.
“Todas as formas de racismo têm as mesmas raízes – ignorância, falta de educação e [a necessidade de ter] bodes expiatórios. Nós, a indústria musical britânica, temos orgulho de nos unir para ampliar nossas vozes, assumir responsabilidades, defender-nos e mostrar solidariedade. O silêncio não é uma opção”, escreveram.
As postagens antissemitas do cantor Wiley foram banidas pelo Twitter na semana passada. Mais tarde, o rapper pediu desculpas, sugerindo que a mensagem era dirigida ao seu ex-empresário, com quem teria discutido. "Eu só quero me desculpar por generalizar e sair das pessoas com quem eu estava conversando no espaço de trabalho", argumentou.
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