Líder de Hong Kong abandona discurso e não faz concessões a manifestantes
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Por Clare Jim e Twinnie Siu
HONG KONG (Reuters) - A líder do Executivo de Hong Kong, Carrie Lam, abandonou um discurso ao Legislativo nesta quarta-feira devido a vaias de parlamentares, mas não fez concessões aos manifestantes que têm ocupado as ruas da cidade, esperando, em vez disso, reduzir a crise com a promessa de construir habitações populares.
Lam, que teve de realizar o discurso anual por videoconferência, esperava restaurar a confiança em sua administração e combater o descontentamento após quatro meses de protestos violentos contra o governo.
No entanto, ela teve de interromper suas tentativas iniciais de fazer o discurso depois que parlamentares pró-democracia pediram 'cinco demandas, nem uma a menos' e projetaram o grito de protesto na parede atrás dela.
As demandas dos manifestantes incluem sufrágio universal e uma investigação independente sobre o suposto uso de excessiva força policial ao lidar com os protestos nas ruas.
Em seu comunicado, Lam não se desculpou sobre a resposta do governo aos protestos, que incluiu a introdução de leis emergenciais da era colonial e disparos de gás lacrimogêneo e balas de borracha pela polícia de choque contra manifestantes que jogavam coquetel molotov e tijolos.
'Apesar de tempos conflituosos e grandes dificuldades por quais Hong Kong está passando, acredito que, se aderirmos rigorosamente ao princípio de 'um país, dois sistemas', seremos capazes de sair do impasse', afirmou.
Mais tarde, Lam disse em uma coletiva de imprensa que havia realizado reuniões de 'portas fechadas' com alguns membros do movimento de protesto e que, quando a agitação acabasse, ela realizaria mais para lidar com a situação política.
Escrito por Reuters
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