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Líder supremo do Irã busca nome de confiança para suceder Raisi em eleição de junho

Placeholder - loading - Líder supremo do Irã, aiatolá Ali Khamenei 10/05/2024 Majid Asgaripour/WANA (West Asia News Agency) via REUTERS
Líder supremo do Irã, aiatolá Ali Khamenei 10/05/2024 Majid Asgaripour/WANA (West Asia News Agency) via REUTERS

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Por Parisa Hafezi

DUBAI (Reuters) - O Irã começa nesta semana a se preparar para a eleição para substituir o presidente Ebrahim Raisi, cuja morte em um acidente de helicóptero pode complicar os esforços das autoridades para administrar uma tarefa de consequências ainda maiores -- a sucessão do líder supremo.

Antes visto como um possível sucessor do aiatolá Ali Khamenei, o líder supremo responsável pela tomada de decisões no país, a morte repentina de Raisi desencadeou uma corrida para influenciar a escolha do próximo líder do Irã.

Khamenei, de 85 anos, busca um presidente ferozmente leal na eleição de 28 de junho para administrar o país no cotidiano e ser um aliado confiável que possa garantir a estabilidade, em meio a manobras sobre a eventual sucessão de seu próprio cargo, segundo informantes e analistas.

'É provável que o próximo presidente seja um linha-dura inabalavelmente leal a Khamenei, com experiência na Guarda Revolucionária. Alguém com um histórico impecável e sem rivalidades políticas', disse o analista Saeed Leylaz, de Teerã.

As inscrições para os candidatos serão abertas na quinta-feira, embora esse seja apenas o início de um processo em que os candidatos serão examinados pelo Conselho dos Guardiões, um órgão de vigilância que desqualifica os candidatos sem sempre divulgar o motivo.

Três especialistas familiarizados com o pensamento do alto escalão do establishment iraniano disseram que houve discussões entre os líderes sobre os méritos de várias maneiras de lidar com a disputa presidencial.

'O resultado predominante foi que o principal (objetivo) deve ser garantir a eleição de um presidente que seja intensamente leal ao líder supremo e a seus ideais. Um baixo comparecimento às urnas inevitavelmente garantirá isso', disse uma das fontes, que, como as outras, não quis ser identificada devido à sensibilidade do assunto.

Esse objetivo -- a vitória de um presidente linha-dura capaz de moldar uma transição tranquila para o topo do poder quando Khamenei eventualmente morrer -- apresenta, no entanto, um dilema para os clérigos governantes que administram a votação no próximo mês.

Para garantir que o vencedor seja um leal ferrenho a Khamenei, é provável que a próxima eleição seja dominada por clérigos da linha-dura com perspectivas semelhantes às dele, dizem os especialistas e analistas.

Mas restringir a escolha na cédula provavelmente diminuirá o interesse dos eleitores e manterá o comparecimento baixo, desferindo um golpe indesejado no prestígio da República Islâmica de 45 anos.

Os críticos dizem que um baixo comparecimento ainda pode refletir o descontentamento com as dificuldades econômicas e as restrições sociais e políticas que impulsionaram meses de protestos desencadeados pela morte de uma jovem presa pela polícia da moralidade em 2022.

Escrito por Reuters

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