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Líderes chineses se comprometem a direcionar estímulo econômico para consumidores

Placeholder - loading - Telão mostra reunião do Comitê Central do Partido Comunista Chinês em Pequim 18/07/2024 REUTERS/Tingshu Wang
Telão mostra reunião do Comitê Central do Partido Comunista Chinês em Pequim 18/07/2024 REUTERS/Tingshu Wang

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Por Kevin Yao e Ellen Zhang

PEQUIM (Reuters) - Líderes chineses sinalizaram nesta terça-feira que as medidas de estímulo necessárias para atingir a meta de crescimento econômico deste ano serão direcionadas aos consumidores, desviando-se de seu hábito de despejar fundos em projetos de infraestrutura.

A segunda maior economia do mundo não cumpriu as previsões de crescimento no segundo trimestre e enfrenta pressões deflacionárias, com as vendas no varejo e as importações apresentando um desempenho significativamente inferior à produção industrial e às exportações.

O Politburo, principal órgão de tomada de decisões do Partido Comunista Chinês, prometeu, ao final de sua reunião de julho, fazer 'ajustes anticíclicos' durante o restante de 2024 para atingir uma meta de crescimento econômico de aproximadamente 5% para o ano.

'A reunião enfatizou que é necessário se concentrar no aumento do consumo para expandir a demanda interna', disse a agência de notícias oficial Xinhua.

O Politburo disse que as medidas devem aumentar a renda dos moradores 'por meio de vários canais' e aumentar a 'capacidade e disposição' dos grupos de baixa e média renda para gastar.

O órgão ainda pediu medidas para melhorar o bem-estar dos idosos e das crianças e 'tecer uma rede de seguridade social densa e sólida'.

Como esperado, nenhuma medida específica foi anunciada, mas a liderança se comprometeu a 'lançar oportunamente um lote de medidas políticas incrementais'.

Ao fazer referência à renda e ao bem-estar social, o órgão acenou com medidas defendidas por alguns economistas que há muito tempo argumentam que o modelo econômico da China depende muito do investimento e produziu muito mais dívidas do que crescimento nos últimos 15 anos.

Analistas disseram que a última leitura do Politburo continha mais referências ao consumo das famílias do que as anteriores, mas isso não aponta necessariamente para uma nova agenda de mudança estrutural a fim de reequilibrar a economia.

O resumo da reunião ainda forneceu espaço proeminente para a busca de 'novas forças produtivas', um termo cunhado pelo presidente Xi Jinping no ano passado que prevê pesquisa científica e atualizações tecnológicas para o maior complexo industrial do mundo.

Isso sugere que Pequim está mantendo suas prioridades do lado da oferta, disseram os analistas.

Pequim usa a reunião do Politburo de julho para recalibrar as políticas econômicas para o resto do ano, e não como um fórum que discute metas de longo prazo. Uma reunião diferente do partido entre 15 e 18 de julho, que ocorre aproximadamente duas vezes por década, apontou para a continuidade da política econômica, em vez de mudanças estruturais.

Escrito por Reuters

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