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Limpeza de óleo em praias do Nordeste deixa voluntários doentes

Placeholder - loading - Morador retira petróleo da praia de Barra de Jacuípe, em Camaçari, na Bahia 22/10/2019 REUTERS/Lucas Landau
Morador retira petróleo da praia de Barra de Jacuípe, em Camaçari, na Bahia 22/10/2019 REUTERS/Lucas Landau
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Por Pablo Garcia e Anthony Boadle

RECIFE/BRASÍLIA (Reuters) - Voluntários que se deslocam para praias do Nordeste para limpar o misterioso óleo que polui mais de 100 praias do Nordeste estão ficando doentes por coletar o lodo tóxico sem o equipamento adequado, disseram autoridades de saúde nesta sexta-feira.

Depois que as manchas de óleo atingiram praias ao longo de mais de 2.000 quilômetros, centenas de pessoas se mobilizaram para limpar as praias, muitas usando as mãos e os pés descobertos por falta de luvas, botas ou até máscaras para bloquear a fumaça.

'No domingo eu fui com uma amiga recolher óleo no mangue. Eu tinha uma luva fina que levei de casa, mas não estava com máscara nem com botas. Eu tive contato com o petróleo, minhas pernas ficaram todas sujas de óleo', disse a funcionária pública Vera Lúcia Silva, acrescentando que ela e uma amiga coletaram 80 kg de óleo com as mãos em sacos de plástico na praia de Itapuama, no sul do Recife.

'Eu passei muito mal dois dias depois. Muita dor de cabeça, náusea e diarréia. Fui no posto (de saúde), tomei soro e melhorei, mas ainda sinto dor de cabeça.'

Vera Lúcia afirmou que as autoridades locais não forneceram equipamentos e depois de dois dias vários grupos de caridade apareceram e entregaram máscaras e botas.

O lodo espesso apareceu há quase dois meses, e autoridades e especialistas têm sugerido várias teorias sobre sua origem. Acredita-se que seja petróleo venezuelano, mas não há evidências de como entrou no mar aberto. [nL2N27A1OC]

Uma coalizão de voluntários, funcionários públicos e militares foi às praias para salvar tartarugas e outros animais, coletando o óleo em sacos, com níveis variados de treinamento e apoio.

A Secretaria de Saúde do Estado de Pernambuco disse na quinta-feira que 19 pessoas foram tratadas em hospitais por intoxicação, seja por contato direto com o óleo ou pelos solventes usados para diluí-lo nos esforços de limpeza. A mídia local informou que centenas mais relataram sintomas, mas não procuraram tratamento.

O ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, afirmou que isso ainda não causa preocupação. “A gente tem visto pessoas procurarem unidades de saúde, mas eles informam que retiraram o óleo com benzina, gasolina, querosene”, disse.

Ele acrescentou que o governo faz estudos sobre o impacto na cadeia alimentar. “Até o momento, a gente não tem nenhum alerta.”

O vazamento de petróleo tem se espalhado pelos 9 Estados do Nordeste desde o início de setembro. Até quarta-feira, 1.000 toneladas foram recolhidas de praias da região.

Gerald Graham, especialista canadense em resposta a vazamentos de óleo, disse que as autoridades deveriam manter as pessoas afastadas das praias caso não sejam treinadas e equipadas, porque a exposição ao óleo é muito perigosa e pode causar ferimentos ou até mesmo a morte.

'A resposta do governo tem sido realmente patética. Eles não estavam lá. Por que demoraram tanto tempo para agir?', afirmou ele em entrevista por telefone.

O governo disse que seguiu protocolos padrão desde o início do desastre ambiental. Como o petróleo bruto não flutua na superfície do oceano como a maioria das manchas de petróleo, as autoridades argumentaram que os métodos tradicionais de mantê-lo fora da costa têm sido ineficazes.

Nesta sexta-feira, o ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio, visitou Porto de Galinhas, ponto turístico de Pernambuco. Ele mergulhou os pés no mar para mostrar que as praias do país estão limpas e abertas para negócios, com menos de 10% das praias de Pernambuco afetadas pelo petróleo, segundo ele.

“Tudo o que a gente quer e deseja é vencer com responsabilidade esse momento mais difícil. E quando eu digo com responsabilidade, eu digo aqui por parte da imprensa também, que a imprensa possa realmente nos ajudar a vencer esse momento, é um parceiro fundamental nesse momento difícil”, disse.

Escrito por Reuters

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SHOWS DE NORAH JONES NO BRASIL CELEBRAM BOA FASE DA CANTORA

Prestes a iniciar sua quinta passagem pelo Brasil, Norah Jones vive um dos momentos mais inspirados de sua carreira. Após conquistar o Grammy de Melhor Álbum Vocal Pop Tradicional com Visions, lançado em março de 2024, a artista reafirma seu espaço como uma das vozes mais singulares e consistentes da música contemporânea.

Norah Jones vive novo auge criativo com “Visions”

Produzido em parceria com Leon Michels, Visions apresenta uma fusão elegante de jazz contemporâneo, soul e baladas suaves, reafirmando o estilo inconfundível de Norah. Entre as faixas mais ouvidas nas plataformas de streaming estão “Running”, “Staring at the Wall” e “Paradise”, que estarão no repertório da turnê.

Além do novo álbum, Norah Jones também se destacou recentemente com seu podcast Playing Along, onde conversa com músicos sobre criação artística. O projeto vem ampliando sua base de fãs e aproximando a artista de um público mais jovem, sem perder a essência que marcou sua trajetória desde o sucesso de Come Away With Me (2002).

A herança musical familiar

Filha do lendário músico indiano Ravi Shankar, Norah carrega uma herança musical diversa e profundamente enraizada em tradições do mundo todo. Embora tenha seguido um caminho distinto ao do pai, seu domínio do piano, sua habilidade como compositora e sua busca por autenticidade refletem uma sensibilidade herdada e cultivada ao longo da vida.

A relação de Norah Jones com o Brasil

A conexão da artista com o Brasil vai além da música. Sua mãe, a produtora e dançarina Sue Jones, morou no Rio de Janeiro durante os anos 1960, período em que teve contato próximo com a cena artística brasileira e desenvolveu um forte apreço pela cultura local — algo que Norah cresceu ouvindo em casa e que influencia sua visão musical até hoje. Essa forte relação emocional tem sido parte da experiência da artista com o público local.

“Sinto que o público brasileiro escuta com o coração”, disse Norah em recente entrevista. “Sempre me emocionei aqui.”

Um novo reencontro com os fãs brasileiros

Norah retorna ao país com apresentações marcadas em São Paulo, Rio de Janeiro e Curitiba, celebrando não apenas seu novo trabalho, mas também o reencontro com um público que a acompanha desde os tempos de Come Away With Me, seu icônico álbum de estreia de 2002.

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