Lucro da J&J supera estimativas com fortes vendas do medicamento Stelara
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(Reuters) - A Johnson & Johnson divulgou nesta terça-feira resultados trimestrais levemente acima das expectativas de Wall Street, impulsionados por vendas robustas de seu medicamento para psoríase Stelara, que deve enfrentar nova concorrência nos Estados Unidos a partir de versões biossimilares no próximo ano.
Em paralelo, a fabricante de medicamentos concordou de forma preliminar a pagar cerca de 700 milhões de dólares para resolver uma investigação conduzida por mais de 40 Estados sobre a venda de seus produtos de talco, disse a J&J ao Wall Street Journal.
A J&J confirmou que chegou em princípio a um acordo com 43 Estados para resolver queixas sobre o talco, mas se absteve de comentar sua dimensão.
Uma importante patente do medicamento Stelara expirou nos EUA no ano passado, mas a J&J fechou acordos com rivais para adiar os lançamentos de biossimilares até 2025.
Analistas dizem que o adiamento nos lançamentos faria com que o medicamento para psoríase tivesse maior contribuição nas vendas da J&J em 2024 e 2025 do que o previsto anteriormente.
As vendas de Stelara devem somar 10,54 bilhões de dólares em 2024, queda de 3% em relação aos 10,86 bilhões de dólares em 2023. No quarto trimestre, foram 2,75 bilhões de dólares em vendas, superior às estimativas de 2,63 bilhões de dólares.
A J&J disse que espera a entrada de biossimilares de Stelara na Europa no segundo semestre de 2024.
Os papéis da J&J, que caíram 3,7% nos últimos 12 meses, recuavam nesta terça-feira.
Na visão de Vamil Divan, analista do Guggenheim, a queda das ações pode estar refletindo custos mais elevados, bem como a falta de catalisadores de curto prazo.
'No geral, as vendas foram apenas um pouco maiores do que esperávamos, mas as despesas foram um pouco maiores', disse.
A receita trimestral da empresa foi de 21,40 bilhões de dólares, levemente acima das estimativas de 21,01 bilhões.
A J&J também reafirmou sua previsão para lucro operacional ajustado de 10,55 a 10,75 dólares por ação em 2024.
(Reportagem de Patrick Wingrove em Nova York e Bhanvi Satija e Sriparna Roy em Bengaluru; reportagem adicional de Jonathan Stempel em Nova York)
Escrito por Reuters
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