Lula anuncia compromisso de fazer campanha mundial contra desigualdade
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(Reuters) -O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse nesta sexta-feira que está assumindo um compromisso de tentar fazer uma campanha mundial contra a desigualdade e que é necessário 'criar uma consciência' de que o planeta tem os recursos e tecnologia para combater a pobreza global.
'Agora estou assumindo o compromisso de tentar fazer uma campanha mundial contra a desigualdade', disse Lula em discurso durante visita a Angola, onde recebeu uma condecoração do presidente angolano, João Lourenço.
Lula ainda afirmou que, em sua campanha, pretende 'criar indignação' nas pessoas sobre a desigualdade no planeta e que lamenta o fato de que a concentração da riqueza global tem aumentando 'a cada dia que passa'.
'Por mais que a gente lute, a concentração de riqueza vem aumentando... Eu espero que possa conseguir o intento de convencer a humanidade a se indignar contra a desigualdade', disse.
O presidente disse que a batalha contra a desigualdade será vencida apenas quando for colocada como prioridade 'na nossa vida, em cada discurso e em cada ação nossa'.
Lula chegou a Angola na noite de quinta-feira, após passar a semana em Johanesburgo, na África do Sul, para um encontro de cúpula do Brics, grupo formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul.
O grupo discutiu sua expansão, confirmando o convite para seis países se juntarem -- Argentina, Arábia Saudita, Egito, Etiópia, Emirados Árabes e Irã -, e a necessidade de 'organizar' os países do 'sul global'.
No domingo, Lula estará em São Tomé e Príncipe, um outro país lusófono e ex-colônia de Portugal como Angola, onde participará do encontro da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP).
A passagem de Lula pela África também faz parte dos esforços do presidente em retomar os laços estreitos com o continente, o que já havia sido foco da política exterior brasileira em seus dois mandatos anteriores.
Durante a cúpula do Brics, Lula já havia dito que acredita haver 'muito espaço' para a ampliação das relações comerciais com a África e destacou as 'vastas oportunidades' de investimento no continente.
(Por Fernando Cardoso, em São PauloEdição de Pedro FOnseca)
Escrito por Reuters
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