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Governo anuncia presidente da COP30 e dá largada para estruturar conferência

Placeholder - loading - Lula cumprimenta embaixador André Corrêa do Lago, anunciado como presidente da COP30 21/01/2025 REUTERS/Ueslei Marcelino
Lula cumprimenta embaixador André Corrêa do Lago, anunciado como presidente da COP30 21/01/2025 REUTERS/Ueslei Marcelino
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Por Lisandra Paraguassu

BRASÍLIA (Reuters) - O governo brasileiro formalizou nesta terça-feira o nome do embaixador André Corrêa do Lago para presidir a COP30, em Belém, e a secretária nacional de Mudança do Clima do Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Ana Toni, como secretária-executiva.

Secretário de Clima, Meio Ambiente e Energia do Itamaraty, negociador brasileiro em 2023 e 2024 e entre 2011 e 2013, além de estar diretamente envolvido com desenvolvimento sustentável desde 2001, Corrêa do Lago era o único nome falado para o posto desde o ano passado, mas o anúncio demorou para ser formalizado.

A indicação do diplomata de carreira, um dos mais respeitados embaixadores brasileiros, marca uma volta da COP às mãos de lideranças com um histórico de trabalho com políticas climáticas. Tanto no Azerbaijão, em 2024, quanto nos Emirados Árabes Unidos, em 2023, os presidentes indicados eram diretamente ligados a estatais de petróleo, o que gerou inúmeras controvérsias e acusações de favorecimento a políticas de combustíveis fósseis.

À frente da COP30, Corrêa do Lago terá que enfrentar o que promete ser uma das conferências mais difíceis dos últimos anos, com disputas duras sobre financiamento e as novas Contribuição Nacionalmente Determinadas (NDCs, na sigla em inglês) e adaptação climática.

Soma-se a isso, ainda, a decisão do presidente norte-americano, Donald Trump, já no dia de sua posse, de tirar novamente os Estados Unidos do Acordo de Paris. Apesar de a decisão só ter validade daqui a um ano -- o país ainda estará na COP de Belém --, o impacto da saída da maior economia do mundo, e também um dos maiores emissores, é inegável.

'Os Estados Unidos são um ator essencial, porque não só são a maior economia, mas são também um dos maiores emissores, são também um dos países que têm trazido respostas para os Estados Unidos', disse o embaixador em entrevista logo após o anúncio de sua indicação.

'Estamos todos ainda analisando as decisões do presidente Trump, mas não há a menor dúvida que terá um impacto significativo na preparação da COP e na maneira como nós vamos ter que lidar com o fato de que um país tão importante está se desligando desse processo', completou.

Corrêa do Lago ressaltou, no entanto, que os EUA deixa o Acordo de Paris, mas ainda faz parte do acordo-quadro sobre mudanças climáticas.

'Nós ainda não conversamos naturalmente com eles (norte-americanos) sobre esse tema. Nós vamos ver com eles de que maneira esse processo pode acontecer de maneira mais construtiva, porque é uma decisão soberana de um país de sair de um acordo, mas isso não quer dizer que necessariamente esse acordo não possa encontrar uma forma de contornar a ausência desse país', afirmou.

'Estão saindo do Acordo de Paris, mas eles continuam membros da Convenção do Clima. Então sim, há vários canais que permanecem abertos.'

ESTRUTURA

A definição do presidente da COP servirá para o governo brasileiro colocar na rua a montagem da estrutura de lideranças que irão colocar a conferência de pé - já com atraso. Uma das críticas ao timing do governo brasileiro, que tinha inicialmente a intenção de anunciar o presidente da COP em Baku, em novembro, é que apenas agora o governo vai poder colocar na rua as negociações para uma COP que terá temas espinhosos e uma boa dose de má vontade de parte dos países.

Fontes ouvidas pela Reuters no governo afirmam que Corrêa do Lago é hoje o melhor nome, já que não apenas conhece todas as negociações do clima como tem com trânsito com todos os setores envolvidos dentro do próprio governo. Foi ele o responsável, por exemplo, em resolver o impasse entre países desenvolvidos e o sul global nas negociações do G20 sobre clima, que ameaçavam paralisar o comunicado da cúpula.

Além da presidência, o governo trabalha com uma estrutura que deve incluir um champion, uma liderança responsável por trabalhar com governos, empresas, investidores e outras partes interessadas para mobilizar esforços em torno dos objetivos do Acordo de Paris.

Segundo uma fonte ouvida pela Reuters, a intenção para o cargo é um empresário que tenha já uma atuação destacada na área de desenvolvimento sustentável, mas não há ainda um nome bem encaminhado.

Uma disputa de bastidores chegou a surgir no final de 2024, com dois nomes -- Patrícia Ellen, ex-secretária Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia de São Paulo do governo João Doria, em São Paulo, e Marcello Brito, secretário-executivo do Consórcio dos Governadores da Amazônia e aliado do governador do Pará, Helder Barbalho -- levantando abaixo-assinados em torno de seus nomes.

Corriam ainda o assessor especial da Presidência Frederico de Assis e o da cientista Thelma Kruger, vice-presidente do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC). Nenhum deles, no entanto, deve ser indicado para o posto de champion.

A presidência da COP trabalha com a ideia de constituir um conselho de líderes e especialistas que, na prática, devem atuar como enviados do presidente para determinados assuntos. Um desses nomes deve ser Assis, que será encarregado de cuidar de temas de negacionismo climático.

Kruger e Brito também são cogitados para fazer parte do time de enviados, mas ainda não há definição de quantos nomes serão chamados.

Escrito por Reuters

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SHOW DE LADY GAGA EM COPACABANA REPERCUTE NA IMPRENSA INTERNACIONAL

Na noite de 3 de maio de 2025, Lady Gaga realizou um show gratuito histórico na Praia de Copacabana, no Rio de Janeiro, reunindo entre 2,1 e 2,5 milhões de pessoas, segundo estimativas da organização. A apresentação tornou-se o maior espetáculo da carreira da artista e um dos maiores da história da música mundial.

Com esse feito, Gaga superou o público de Madonna no mesmo local em 2024 — estimado em cerca de 1,6 milhão —, mas ainda ficou atrás de Rod Stewart, que reuniu cerca de 3,5 milhões de pessoas na virada do ano de 1994 para 1995, também em Copacabana. Vale lembrar que o show de Stewart ocorreu no Réveillon carioca, evento que tradicionalmente atrai milhões de espectadores para a orla, o que contribuiu para os números históricos.

Operação “Fake Monster” Frustra Tentativa de Atentado

Horas antes do evento, a Polícia Civil do Rio de Janeiro e o Ministério da Justiça e Segurança Pública deflagraram a operação “Fake Monster”, que desmontou um plano de atentado com explosivos improvisados durante o show. Dois suspeitos foram detidos: um adulto no Rio Grande do Sul, por posse ilegal de armas, e um adolescente no Rio de Janeiro, investigado por armazenar pornografia infantil.

Segundo autoridades, o grupo envolvido promovia discurso de ódio, automutilação e violência contra a comunidade LGBTQIA+, além de recrutar jovens pela internet usando perfis falsos inspirados na fanbase da cantora. A ação policial foi mantida em sigilo até após o show para evitar pânico, e Lady Gaga só foi informada da ameaça depois da apresentação.

Repercussão Internacional: Público Histórico e Ameaça Frustrada Ganham Manchetes

A magnitude do show e a tentativa de atentado frustrada repercutiram fortemente na imprensa internacional, tanto pelo aspecto cultural quanto pelo risco evitado.

Sobre o show

O site da Billboard destacou:

“Lady Gaga realizou o maior show solo de sua carreira e o maior já feito por uma mulher na história da música mundial” (LINK).

A CNN International escreveu:

“O espetáculo gratuito de Gaga à beira-mar, com mais de 2 milhões de presentes, transformou Copacabana em uma rave global. Foi um tributo à diversidade, à inclusão e à força da música ao vivo.” (LINK)

O jornal britânico The Guardian afirmou:

“Lady Gaga fez história no Brasil com um dos maiores concertos já registrados. O público superou o de Madonna em 2024, consolidando o país como palco favorito das divas do pop.” (LINK)

Sobre a ameaça frustrada

A revista Vanity Fair destacou a operação com o título:

“Plano de bomba é frustrado antes de show histórico de Lady Gaga no Rio”, escrevendo: “Autoridades brasileiras identificaram uma célula online de extremistas que usavam identidades falsas para se infiltrar em comunidades de fãs. A ação foi rápida e silenciosa, impedindo o que poderia ter sido uma tragédia em massa.” (LINK)

O Pitchfork complementou:

“Os suspeitos mantinham perfis falsos inspirados em fãs de Gaga para atrair menores para ataques coordenados. A operação evitou o que poderia ser o pior ataque em um evento musical desde o atentado em Manchester, em 2017.” (LINK)

Já o tabloide britânico The Sun trouxe um tom mais emocional, destacando a fala da artista:

“Após saber da ameaça, Gaga teria chorado nos bastidores e dito: ‘O amor venceu outra vez. Obrigada, Brasil.’” (LINK)

Manifestação nas redes e comunicado oficial

Após o show, Lady Gaga usou suas redes sociais para agradecer o carinho do público brasileiro e, ao tomar conhecimento da ameaça frustrada, fez uma publicação emocionada:

“Brasil, eu não tenho palavras. Vocês me deram a noite mais linda da minha vida. Obrigada por me protegerem com tanto amor. Meu coração está com vocês para sempre. Amor vence.”

Horas depois, sua equipe divulgou um comunicado oficial sobre o incidente:

“A equipe da artista expressa profunda gratidão às autoridades brasileiras pela pronta e eficaz atuação. O bem-estar de todos os fãs é nossa prioridade máxima. Lady Gaga foi informada da ameaça somente após a apresentação, a fim de preservar a segurança do evento.”

Um Evento Histórico em Todos os Sentidos

Com um público recorde, um repertório repleto de hits e um cenário monumental à beira-mar, o show de Lady Gaga em Copacabana entrou para a história como um dos maiores eventos musicais já realizados. Ao mesmo tempo, a eficácia das forças de segurança brasileiras ao impedir um possível atentado mostra o grau de complexidade envolvido na organização de eventos dessa magnitude.

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