Lula mantém liderança, mas cai distância para Bolsonaro em corrida ao Planalto, diz CNT/MDA
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Por Ricardo Brito
BRASÍLIA (Reuters) - A cinco meses da eleição, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) segue à frente na disputa pela Presidência da República, mas viu cair a vantagem que tinha sobre o presidente Jair Bolsonaro (PL), apontou nesta terça-feira pesquisa do instituto MDA para a Confederação Nacional do Transporte (CNT), que coloca a distância entre ambos em 8,6 pontos percentuais.
Segundo a pesquisa, Lula aparece com 40,6% da preferência do eleitorado, ante 42,2% no levantamento realizado em fevereiro, ao passo que Bolsonaro segue na segunda posição com 32%, contra 28% na pesquisa anterior. Na sondagem passada, portanto, a vantagem do petista sobre o presidente era de 14,2 pontos percentuais na simulação de primeiro turno.
Ciro Gomes (PDT) vem na sequência com 7,1%, seguido do ex-governador de São Paulo João Doria (PSDB) com 3,1%, do deputado federal André Janones (Avante-MG) com 2,5%, da senadora Simone Tebet (MDB-MS) com 2,3% e de Felipe D'àvila (Novo), que soma 0,3%.
Na pesquisa de fevereiro ainda aparecia o nome do ex-juiz Sergio Moro (União Brasil) como postulante ao Planalto.
No cenário de segundo turno mais provável apontado pela pesquisa, entre Lula e Bolsonaro, o petista venceria por 50,8% a 36,8% --14 pontos percentuais de diferença.
Na pesquisa anterior, Lula tinha vantagem de 53,2% a 35,3% na simulação de segundo turno, isto é, 17,9 pontos percentuais de frente do petista.
A pesquisa também indagou sobre a avaliação do governo Bolsonaro. De acordo com o levantamento, a avaliação positiva da gestão soma 30,4% --ante 25,9%--, ao passo que a negativa é de 43,6% --contra 42,7%-- e 25,2% avaliam o governo como regular --eram 30,4% em fevereiro.
Houve também uma melhora na aprovação pessoal de Bolsonaro na nova sondagem. A aprovação do presidente é agora de 37,9%, ante 33,9% em fevereiro. Aqueles que o desaprovam ainda são maioria, somando agora 58,8%, mas em fevereiro este índice era de 61,4%.
URNAS E MUDANÇA DE VOTO
O MDA também indagou se os eleitores poderiam mudar de voto no primeiro turno para assegurar ou impedir a realização de uma segunda rodada de votação e, de acordo com os dados da pesquisa, 70,5% dos entrevistados rejeitaram essa possibilidade, ao passo que 22,7% a admitiram.
Daqueles que aceitam a possibilidade de mudar o voto, 28,4% afirmaram que poderiam fazê-lo para facilitar que alguém que não seja Bolsonaro ou Lula possa ir para o segundo turno.
Outros 25,7% dizem que podem mudar seu voto para dificultar uma vitória em primeiro turno de Bolsonaro, ao passo que 21,5% aceitam fazê-lo para facilitar uma vitória em primeiro turno de Lula, 13,4% para facilitar uma reeleição já no primeiro turno do atual presidente, e 7,5% para dificultar uma vitória em primeiro turno do petista.
Em um momento em que Bolsonaro voltou a levantar suspeitas sobre o sistema de votação eletrônico sem apresentar quaisquer evidências, a pesquisa também apontou que 68% dos entrevistados confiam nas urnas eletrônicas, ao passo que 28,6% não confiam.
O MDA entrevistou 2.000 pessoas entre os dias 4 e 7 de maio. A margem de erro é de 2,2 pontos percentuais.
Escrito por Reuters
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