Lula mantém liderança folgada e Bolsonaro interrompe tendência de alta, diz Ipespe
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Por Lisandra Paraguassu
BRASÍLIA (Reuters) - O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) segue com liderança folgada na corrida para a eleição presidencial de outubro, ao passo que o presidente Jair Bolsonaro (PL) viu interrompida a tendência de alta que vinha registrando, mostrou pesquisa Ipespe divulgada nesta sexta-feira que colocou Lula com 44% das intenções de voto no primeiro turno, contra 26% de Bolsonaro.
Na pesquisa anterior, feita no início de março, Bolsonaro havia chegado a 28% no primeiro turno, em uma tendência de alta que vinha desde janeiro deste ano atribuída ao pagamento do programa Auxílio Brasil, que passou a ter valores mais altos desde dezembro.
Na pesquisa divulgada nesta sexta, Bolsonaro perdeu dois pontos, dentro da margem de erro. Já Lula oscilou um ponto percentual para cima, voltando aos 44% registrados em janeiro.
Na sequência aparecem Sérgio Moro (Podemos) com 9%, Ciro Gomes (PDT) com 7%, João Doria (PSDB), com 2%.
Eduardo Leite, que pode migrar do PSDB para o PSD, Simone Tebet (MDB), André Janones (Avante) e Felipe D'Ávila (Novo) têm 1% cada.
De acordo com a pesquisa, Lula vence todas as simulações de segundo turno, e aumentou a dianteira sobre Bolsonaro: 54% a 31%. Na pesquisa anterior, realizada no início do mês, o placar era de 53% a 33% para o petista.
A pesquisa também apontou interrupção na tendência de melhora da avaliação do governo Bolsonaro. Segundo o Ipespe, 54% consideram o governo ruim ou péssimo, contra 52% na pesquisa anterior, quando o indicador registrou o menor patamar desde julho de 2021.
Os números apontam ainda que 26% avaliam o governo como bom ou ótimo --ante 27% na pesquisa anterior--, ao passo que 19% o veem como regular --contra 20% no início do mês.
Ao mesmo tempo, 65% dos entrevistados desaprovam o governo Bolsonaro, contra 63% na pesquisa anterior, e 31% o aprovam, ante 32% no levantamento anterior.
O Ipespe entrevistou 1.000 pessoas entre 21 e 23 de março. A margem de erro é de 3,2 pontos percentuais.
Escrito por Reuters
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