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Macron discute com moradores de Mayotte, atingida por ciclone

Placeholder - loading - Área de Mayotte atingida por ciclone 20/12/2024 REUTERS/Gonzalo Fuentes
Área de Mayotte atingida por ciclone 20/12/2024 REUTERS/Gonzalo Fuentes
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Por Tassilo Hummel

MAMOUDZOU (Reuters) - Moradores revoltados de um bairro de Mayotte, atingido pelo ciclone Chido, provocaram o presidente francês Emmanuel Macron, que respondeu que eles estariam em uma 'merda maior' sem a França, enquanto visitava o arquipélago do Oceano Índico.

Quase uma semana após a tempestade, a falta de água potável estava testando os nervos no território ultramarino mais pobre da França.

'Sete dias e você não consegue dar água para a população!', gritou um homem para Macron.

'Não coloque as pessoas umas contra as outras. Se você colocar as pessoas umas contra as outras, estamos ferrados', disse Macron à multidão no bairro de Pamandzi na noite de quinta-feira.

'Vocês são felizes por estarem na França. Se não fosse pela França, vocês estariam em uma merda maior, 10.000 vezes mais, não há lugar no Oceano Índico onde as pessoas recebam mais ajuda.'

No passado, Macron com frequência se meteu em problemas com comentários improvisados em público que, segundo ele, tinham a intenção de 'dizer as coisas como elas são', mas que muitas vezes pareceram insensíveis ou condescendentes para muitos franceses e contribuíram para a queda acentuada de sua popularidade ao longo de seus sete anos como presidente.

Em seu país, os parlamentares da oposição atacaram os comentários nesta sexta-feira.

'Não acho que o presidente esteja exatamente encontrando as palavras certas de conforto para nossos compatriotas de Mayotte, que, com esse tipo de expressão, sempre têm a sensação de serem tratados de forma diferente', disse Sebastien Chenu, um parlamentar do Reunião Nacional (RN), de extrema-direita.

O parlamentar de extrema-esquerda Eric Coquerel disse que o comentário de Macron foi 'completamente indigno'.

Questionado sobre os comentários em uma entrevista nesta sexta-feira, Macron disse que algumas das pessoas na multidão eram militantes políticos do RN e que ele queria combater a narrativa da oposição de que a França estava negligenciando Mayotte.

'Eu ouço essa narrativa, que está alimentando o Reunião Nacional e algumas das pessoas que nos insultaram ontem, segundo a qual 'a França não está fazendo nada'', disse Macron ao MayotteLa1ere.

'O ciclone não foi decidido pelo governo. A França está fazendo muito. Precisamos ser mais eficientes, mas os discursos divisionistas e demagógicos não ajudarão.'

As autoridades de Mayotte só conseguiram confirmar 35 mortes causadas pelo Chido, mas alguns disseram temer que milhares de pessoas possam ter morrido.

Alguns dos bairros mais afetados das ilhas, favelas nas encostas compostas por cabanas frágeis que abrigam migrantes sem documentos, ainda não foram alcançados pelas equipes de resgate.

Macron, que havia prolongado sua visita a Mayotte para passar mais tempo examinando os danos causados pela pior tempestade que atingiu o território em 90 anos, respondeu que as autoridades estavam aumentando as distribuições.

'Entendo sua impaciência. Vocês podem contar comigo', disse ele.

O Estado francês gasta cerca de 1,6 bilhão de euros por ano em Mayotte, ou cerca de 8% do orçamento para territórios ultramarinos e 4.900 euros por habitante, em comparação com 7.200 euros para pessoas na Ilha da Reunião ou 8.500 euros para pessoas em Guadalupe, de acordo com documentos oficiais do Orçamento de 2023.

Alguns moradores do bairro de Tsingoni cumprimentaram Macron de forma mais positiva nesta sexta-feira, agradecendo-lhe por tê-los visitado. Uma mulher de 70 anos ofereceu uma bênção.

(Reportagem de Tassilo Hummel em Mamoudzou e Dominique Vidalon e Michel Rose em Paris)

Escrito por Reuters

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SHOWS DE NORAH JONES NO BRASIL CELEBRAM BOA FASE DA CANTORA

Prestes a iniciar sua quinta passagem pelo Brasil, Norah Jones vive um dos momentos mais inspirados de sua carreira. Após conquistar o Grammy de Melhor Álbum Vocal Pop Tradicional com Visions, lançado em março de 2024, a artista reafirma seu espaço como uma das vozes mais singulares e consistentes da música contemporânea.

Norah Jones vive novo auge criativo com “Visions”

Produzido em parceria com Leon Michels, Visions apresenta uma fusão elegante de jazz contemporâneo, soul e baladas suaves, reafirmando o estilo inconfundível de Norah. Entre as faixas mais ouvidas nas plataformas de streaming estão “Running”, “Staring at the Wall” e “Paradise”, que estarão no repertório da turnê.

Além do novo álbum, Norah Jones também se destacou recentemente com seu podcast Playing Along, onde conversa com músicos sobre criação artística. O projeto vem ampliando sua base de fãs e aproximando a artista de um público mais jovem, sem perder a essência que marcou sua trajetória desde o sucesso de Come Away With Me (2002).

A herança musical familiar

Filha do lendário músico indiano Ravi Shankar, Norah carrega uma herança musical diversa e profundamente enraizada em tradições do mundo todo. Embora tenha seguido um caminho distinto ao do pai, seu domínio do piano, sua habilidade como compositora e sua busca por autenticidade refletem uma sensibilidade herdada e cultivada ao longo da vida.

A relação de Norah Jones com o Brasil

A conexão da artista com o Brasil vai além da música. Sua mãe, a produtora e dançarina Sue Jones, morou no Rio de Janeiro durante os anos 1960, período em que teve contato próximo com a cena artística brasileira e desenvolveu um forte apreço pela cultura local — algo que Norah cresceu ouvindo em casa e que influencia sua visão musical até hoje. Essa forte relação emocional tem sido parte da experiência da artista com o público local.

“Sinto que o público brasileiro escuta com o coração”, disse Norah em recente entrevista. “Sempre me emocionei aqui.”

Um novo reencontro com os fãs brasileiros

Norah retorna ao país com apresentações marcadas em São Paulo, Rio de Janeiro e Curitiba, celebrando não apenas seu novo trabalho, mas também o reencontro com um público que a acompanha desde os tempos de Come Away With Me, seu icônico álbum de estreia de 2002.

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