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Maduro toma posse para 3º mandato enquanto EUA aumentam recompensa por sua captura

Placeholder - loading - Presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, e sua esposa, Cilia Flores, acenam no dia da posse do terceiro mandato presidencial, em Caracas  10/01/2025 REUTERS/Leonardo Fernandez Viloria
Presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, e sua esposa, Cilia Flores, acenam no dia da posse do terceiro mandato presidencial, em Caracas 10/01/2025 REUTERS/Leonardo Fernandez Viloria

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(Reuters) - O presidente venezuelano, Nicolás Maduro, cujos quase 12 anos no cargo têm sido marcados por uma profunda crise econômica e social, foi empossado para um terceiro mandato nesta sexta-feira, apesar de uma contestação eleitoral que já dura seis meses, de apelos internacionais para que ele se afaste e de um aumento na recompensa oferecida pelos EUA por sua captura.

Maduro, presidente desde 2013, foi declarado vencedor das eleições de julho pela autoridade eleitoral e pelo tribunal superior da Venezuela, embora as atas eleitorais detalhadas confirmando sua vitória nunca tenham sido publicadas.

A oposição venezuelana afirma que os resultados das urnas mostram uma vitória esmagadora de seu ex-candidato Edmundo González, reconhecido como presidente eleito por vários países, inclusive os Estados Unidos. Observadores eleitorais internacionais disseram que a votação não foi democrática.

Nos meses que se seguiram à eleição, González fugiu para a Espanha em setembro, sua aliada María Corina Machado se escondeu na Venezuela e houve detenções de figuras importantes da oposição e de manifestantes.

Na última de uma série de medidas punitivas, o governo Biden, que está deixando o cargo, aumentou sua recompensa por informações que levem à prisão ou condenação de Maduro por acusações de tráfico de drogas para 25 milhões de dólares, em comparação com 15 milhões de dólares anteriores.

Também emitiu uma recompensa de 25 milhões de dólares para o ministro do Interior, Diosdado Cabello, e uma recompensa de 15 milhões de dólares para o ministro da Defesa, Vladimir Padrino, bem como novas sanções contra oito outras autoridades, incluindo o chefe da empresa estatal de petróleo PDVSA, Héctor Obregón.

Os EUA indiciaram Maduro e outros por acusações de narcotráfico e corrupção, entre outras, em 2020. Maduro rejeita as acusações.

A medida dos EUA coincidiu com as sanções do Reino Unido e da União Europeia, cada uma visando 15 autoridades, incluindo membros do Conselho Nacional Eleitoral e das forças de segurança, e sanções canadenses visando 14 autoridades atuais e anteriores.

O governo Maduro sempre rejeitou todas as sanções, dizendo que são medidas ilegítimas que equivalem a uma 'guerra econômica' destinada a paralisar a Venezuela.

'O governo cessante dos Estados Unidos não sabe como se vingar de nós', disse Maduro durante seu discurso de posse, sem mencionar diretamente as sanções.

O Ministério das Comunicações da Venezuela não respondeu imediatamente a um pedido de comentário sobre as sanções.

Maduro e seus aliados elogiaram o que dizem ser a resiliência do país apesar das medidas, embora historicamente tenham atribuído algumas dificuldades econômicas e escassez às sanções.

OPOSIÇÃO SE MANIFESTA

González, que esteve em uma turnê pelas Américas esta semana, disse que retornará à Venezuela para assumir o cargo de presidente, mas não deu detalhes.

O governo, que acusou a oposição de fomentar conspirações fascistas contra ele, disse que González será preso se retornar e ofereceu uma recompensa de 100.000 dólares por informações que levem à sua captura.

Espera-se que os líderes da oposição González e Machado falem ainda nesta sexta-feira.

Ambos estão sendo investigados pelo gabinete do procurador-geral da Venezuela por suposta conspiração, mas apenas González tem um mandado público de prisão.

A primeira aparição pública de Machado desde agosto em um protesto contra o governo em Caracas, na quinta-feira, foi marcada por uma breve detenção.

Seu movimento político Vente Venezuela disse que houve disparos de armas de fogo e que Machado foi derrubada da motocicleta em que estava saindo do evento. Ela foi então detida e forçada a filmar vários vídeos, segundo o movimento.

Um vídeo compartilhado nas mídias sociais e por funcionários do governo mostrava ela sentada em um meio-fio e contando que havia perdido sua carteira.

O governo zombou do incidente e negou qualquer envolvimento.

Cerca de 42 pessoas foram detidas por motivos políticos desde terça-feira, informou a ONG judicial Foro Penal.

Maduro tomou posse na Assembleia Nacional em Caracas e disse que estava fazendo seu juramento em nome do líder indígena do século 16 Guaicaipuro e do falecido presidente Hugo Chávez, seu mentor, entre outros.

'Que este novo mandato presidencial seja um período de paz, prosperidade, igualdade e nova democracia', disse Maduro, acrescentando que convocaria uma comissão dedicada à reforma constitucional.

'Esse ato é possível porque a Venezuela é pacífica, em pleno exercício de sua soberania nacional, de sua soberania popular, de sua independência nacional', disse Maduro.

Segundo o governo, cerca de 2.000 convidados de 125 países compareceram à cerimônia de posse.

O presidente de Cuba, Miguel Díaz-Canel, e o presidente da Nicarágua, Daniel Ortega, aliados ferrenhos de Maduro, compareceram, assim como Vyacheslav Volodin, presidente da câmara baixa do Parlamento russo.

(Reportagem de Oliver Griffin e Julia Symmes Cobb em Bogotá, Matt Spetalnick em Washington e Marianna Parraga e Gary McWilliams em Houston)

Escrito por Reuters

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