Maia diz que Câmara pode votar 2º turno da Previdência na próxima semana
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(Reuters) - O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), afirmou nesta sexta-feira que trabalha para conseguir encerrar a tramitação da reforma da Previdência na Casa antes do recesso parlamentar, mas reconheceu que a votação da proposta em segundo turno pode ficar para a próxima semana.
Maia esperava inicialmente votar a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Previdência em dois turnos na Câmara nesta semana, mas negociações de última hora sobre destaques têm atrasado a votação, colocando em risco a intenção de encerrar a tramitação na Casa antes do recesso previsto para começar em 18 de julho.
'A gente sabe que o tempo é exíguo, nós temos o dia de hoje, talvez amanhã, alguma chance entre segunda e quarta, com um quórum que pode ser mais reduzido', disse Maia em entrevista à Rádio Bandeirantes.
'Nós temos que trabalhar primeiro para terminar o primeiro turno hoje e depois avaliar as condições para que se continue a votação entre hoje e amanhã ou na próxima semana, que é o ideal. O ideal é que a gente consiga terminar ainda no final do primeiro semestre legislativo. Não é 100% garantido, mas é o nosso esforço', acrescentou.
A Câmara tem sessão convocada para esta sexta-feira para continuar a votação de destaques, depois que sessão iniciada na quinta-feira foi encerrada por Maia por volta de 2h da madrugada devido a discordâncias sobre um acordo de procedimentos para a continuidade da votação.
Na quarta-feira, deputados aprovaram o texto principal da reforma em primeiro turno com um placar surpreendente. Foram 379 votos favoráveis à proposta, patamar bem superior aos 308 exigidos para a aprovação de uma PEC.
Logo depois, porém, Maia e lideranças favoráveis à matéria identificaram um clima de desarticulação e decidiram encerrar a sessão para evitar derrotas nos destaques, opção que ainda ajudou, segundo uma fonte, a reforçar o recado ao governo para que agilize a operacionalização da liberação de recursos das emendas parlamentares prometidas.
(Por Pedro Fonseca, no Rio de Janeiro)
Escrito por Reuters
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