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Mais cortes de juros pelo BCE estão previstos, mas ritmo é incerto, diz Rehn

Placeholder - loading - Presidente do banco central da Finlândia, Olli Rehn, em Helsinque 24/01/2024 Lehtikuva/via REUTERS
Presidente do banco central da Finlândia, Olli Rehn, em Helsinque 24/01/2024 Lehtikuva/via REUTERS

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FRANKFURT (Reuters) - Mais cortes na taxa de juros do Banco Central Europeu estão por vir e a taxa de depósito pode atingir o chamado nível neutro no primeiro semestre do próximo ano, disse o presidente do banco central da Finlândia, Olli Rehn, nesta terça-feira.

O BCE já cortou os juros três vezes este ano, à medida que a inflação da zona do euro desacelera, e novas reduções em cada uma de suas reuniões, pelo menos até abril do próximo ano, estão totalmente precificadas.

'A direção das mudanças nos juros é clara', disse Rehn em uma conferência em Londres.

'Mas a velocidade e o escopo dos cortes dependerão de nossa avaliação geral em cada reunião de três fatores: a perspectiva da inflação, a dinâmica da inflação subjacente e a força da transmissão da política monetária.'

Cortes na taxa de depósito de 3,25% poderiam levá-la ao chamado nível neutro, que não estimula nem freia a economia, em meados do primeiro semestre do próximo ano, disse ele.

'Os dados atuais do mercado e a matemática simples (ou simplificada) parecem implicar que deixaríamos o território restritivo em algum momento da primavera/inverno (no Hemisfério Norte) do próximo ano', disse Rehn. 'Mas isso é apenas uma observação de minha parte, não um compromisso.'

O problema com o nível 'neutro' da taxa é que se trata de uma estimativa e não de um patamar exato, o que dificulta a definição de metas, especialmente porque há pouca concordância entre as autoridades sobre onde está o nível de neutralidade.

Rehn disse que o Banco da Finlândia coloca essa estimativa entre 0,2% e 0,8% para a taxa de juros real ou ajustada à inflação, o que, com uma inflação de 2%, implicaria em uma faixa de 2,2% a 2,8% para a taxa de depósito.

(Por Balazs Koranyi)

Escrito por Reuters

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