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Mais de 70% dos brasileiros consumiriam trigo transgênico, diz pesquisa

Placeholder - loading - Lavoura de trigo 12/06/2013 REUTERS/Darren Staples
Lavoura de trigo 12/06/2013 REUTERS/Darren Staples
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Por Roberto Samora

SÃO PAULO (Reuters) - Pesquisa para aferir o que pensa o brasileiro sobre o trigo transgênico, que teve aprovação para comercialização na Argentina neste mês, mostrou que mais de 70% dos consumidores no Brasil não teriam qualquer restrição ao alimento, de acordo com levantamento obtido pela Reuters.

O resultado da pesquisa quebra um paradigma, sob o qual a maioria dos consumidores seria contra o trigo geneticamente modificado, que foi aprovado de forma inédita primeiramente na Argentina --país que respondeu por quase metade do cereal processado no Brasil em 2021.

A sondagem, realizada em dezembro pela Indexsa com 3.135 pessoas em 12 capitais de norte a sul do Brasil, cujos resultados não tinham sido divulgados, pode ajudar em decisões sobre os próximos passos para uma eventual adoção do trigo transgênico.

A Associação Brasileira das Indústrias de Biscoitos, Massas Alimentícias e Pães & Bolos Industrializados (Abimapi), que encomendou a pesquisa e era inicialmente contra a adoção do trigo transgênico, disse que não tem mais motivos para adotar uma postura contrária.

'A pesquisa mostrou que mais de 70% dos consumidores consomem alimentos transgênicos ou vão consumir sem nenhum problema, então o posicionamento da associação mudou, nós não vamos ficar contra os consumidores', disse o presidente-executivo da Abimapi, Claudio Zanão, à Reuters.

Grande parte da soja e do milho produzidos no Brasil e em outros grandes fornecedores globais, como os Estados Unidos, é transgênica. Mas sempre houve maior preocupação da indústria sobre a aceitação do trigo, mais consumido diretamente pelas pessoas --enquanto os outros produtos são usados em sua maioria como matéria-prima para ração animal.

Dos mais de 3 mil entrevistados, 1.790 disseram saber o que é um alimento transgênicos e, desses, 1.351 (75,5%) afirmaram ter conhecimento de que consomem produtos geneticamente alterados, enquanto uma parcela menor não sabia se consumia, mas que posteriormente afirmou em sua maioria não ter restrições após ser informada sobre o assunto.

Com relação aos que não sabem o que é um produto transgênico, de uma parcela formada por 1.345 pessoas dos mais de 3 mil entrevistados, uma grande maioria (71,4%) disse que consumiria após receber informações.

Dos que disseram que consumiriam transgênicos após serem informados, 71,8% afirmaram que não teriam restrições em relação à farinha de trigo transgênico, quando, adicionada em alimentos como pães, biscoitos, massas e bolos.

APROVAÇÃO PARA VENDA

A Argentina aprovou em outubro de 2020 o trigo HB4, tolerante à seca e resistente a herbicida, da empresa Bioceres, mas a comercialização do produto ficou condicionada a um aval do Brasil, o que aconteceu em novembro do ano passado exclusivamente para importação de farinha produzida a partir do cereal transgênico.

Agora em maio, após a autorização do órgão de biossegurança brasileiro CTNBio em 2021, o governo argentino permitiu à Bioceres a venda de sementes aos fazendeiros.

Por ora, contudo, a empresa não iniciou a comercialização.

Uma fonte da Bioceres disse à Reuters que a empresa ainda está avaliando os prazos para comercializar seu trigo HB4.

A avaliação ocorre enquanto há resistências de um elo importante da cadeia, os compradores de trigo, especialmente moinhos brasileiros, representados pela Abitrigo.

Procurada, a Abitrigo disse que mantém sua posição em relação ao trigo transgênico. A associação não quis comentar a decisão recente da Argentina de autorizar a comercialização do produto.

A Abitrigo afirmou ainda que o Ministério da Agricultura do Brasil decidiu não convocar uma reunião do Conselho Nacional de Biossegurança (CNBS), constituído por ministros, que teria poder de barrar a decisão do órgão técnico CTNBio sobre a farinha de trigo transgênico.

O ministério não respondeu pedidos de comentários.

Segundo Zanão, a Abimapi fez a pesquisa inicialmente para embasar uma reclamação junto ao governo, mas agora, diante dos resultados, não há mais motivo para tal queixa.

'Foi uma surpresa para os associados nossos...', disse Zanão.

Ele lembrou ainda que, para a farinha argentina vir a ser comercializada no Brasil, ainda há o entrave da legislação de rotulagem, que tem quase 20 anos e está 'defasada'.

No Brasil, a indústria é obrigada a colocar na embalagem um 'T' quando há transgênico, e ainda teria de especificar a variedade de trigo que origina a farinha.

A partir do momento em que mais variedades estiverem no mercado, disse Zanão, isso seria um problema para a indústria, que manda produzir lotes de embalagens para durar meses ou às vezes anos, se a legislação não for atualizada.

(Por Roberto Samora, com reportagem adicional de Maximilian Heath em Buenos Aires)

Escrito por Reuters

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EXCLUSIVO: 'THE DRIVER ERA' REVELA À ANTENA 1 OS BASTIDORES DE "OBSESSION"

Em entrevista exclusiva concedida à repórter Catharina Morais, da Rádio Antena 1, no dia 2 de maio, momentos antes da passagem de som no Tokio Marine Hall, os irmãos Ross Lynch e Rocky Lynch, da banda The Driver Era, abriram o coração sobre a criação de seu mais novo álbum, Obsession, e refletiram sobre os desafios de ser artista na era digital. A conversa aconteceu em São Paulo, poucas horas antes do último show da turnê no Brasil.

“Cada álbum tem uma sensação diferente, com certeza”, disse Ross ao ser perguntado sobre a experiência de lançar o disco enquanto estão na estrada. “A Summer Mixtape teve uma vibe mais solta, como uma brisa do mundo”.

The Driver Era: quem são Ross e Rocky Lynch?

Formada em 2018, The Driver Era é uma dupla norte-americana de pop alternativo e rock contemporâneo, criada pelos irmãos Ross e Rocky Lynch. Ross ganhou notoriedade na série da Disney Austin & Ally e no filme Teen Beach Movie, além de integrar a antiga banda R5. Desde então, a dupla tem buscado firmar uma identidade sonora própria, apostando na mistura de gêneros e em uma produção 100% autoral.

“Produzir é uma das coisas que mais amamos fazer”, contou Ross. “A gente mesmo produziu tudo. Fizemos praticamente todos os drivers nos nossos álbuns”.

Criação do álbum Obsession: entre o estúdio e a estrada

Obsession, lançado em abril de 2025, é o quarto álbum de estúdio da banda. Com sonoridade intensa e letras autobiográficas, ele representa um momento de amadurecimento artístico. Gravado entre Londres, Califórnia e o estúdio caseiro da dupla, o projeto nasceu em meio à correria da turnê, mas com leveza.

“Obsession surgiu de forma bem orgânica, com histórias reais, inspiradas nas nossas vivências”, explicou Ross.


“Criar música é como a gente se alimenta”, completou Rocky.

Pressão das redes sociais e autenticidade artística

A entrevista também tocou em um tema delicado: o impacto das redes sociais na carreira dos artistas.

“Hoje em dia, todo mundo — e as mães deles também — está postando, postando, postando…”, brincou Rocky.

“Você quer crescer, quer melhorar, e agora isso virou uma métrica tangível. Mas o que eu gosto mesmo é de fazer música”, reforçou Ross.

Influências musicais: de Peter Gabriel a Michael Jackson

Entre os ídolos citados pelos irmãos estão INXS, Peter Gabriel e Michael Jackson. Apesar da admiração por esses grandes nomes, Ross e Rocky explicam que seu processo criativo evita imitações.

“É como se eu não pudesse repetir algo que alguém já fez. Mesmo sendo fã, me desanima se sinto que estou copiando demais”, desabafou Rocky.

As novas obsessões da The Driver Era

Encerrando a entrevista, os irmãos revelaram suas “obsessões” do momento:

“Tentar me tornar uma pessoa melhor”, disse Rocky sobre a faixa Better.


“Entender por que os seres humanos fazem o que fazem”, compartilhou Ross. “E também… eu gosto de fazer as pessoas felizes”.

Show no Tokio Marine Hall: uma noite de energia, conexão e um pouco de nostalgia

O público paulistano recebeu de braços abertos a banda na Obsession Tour 2025, que passou também pelo Rio de Janeiro. Em São Paulo, a apresentação foi marcada por performances intensas e uma troca genuína com os fãs. Com casa cheia, o Tokio Marine Hall foi tomado por fãs vestindo chapéus de cowboy, uma referência divertida à estética do vocalista Ross.

O setlist trouxe músicas novas e antigas, além de uma surpresa nostálgica com "On My Own", do filme Teen Beach Movie, arrancando lágrimas e gritos do público.

Outros destaques do show incluíram Touch, que abriu a noite, The Weekend, que transformou a casa em pista de dança, e A Kiss, que encerrou o espetáculo com energia lá no alto.

Show inesquecível e fãs encantados

A passagem da The Driver Era pelo Brasil reforçou o vínculo da banda com o público brasileiro. Após duas noites memoráveis no país, fica claro que Ross e Rocky Lynch têm um espaço garantido no coração dos fãs.

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