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Marcas de mordida revelam encontro fatal de gladiador com leão na antiga Britânia

Placeholder - loading - Ferimento de perfuração causado pela mordida de um grande felino na pélvis de um homem que acredita-se ter sido um gladiador nos tempos da Roma Antiga, foi enterrado em um cemitério perto de York, Rei
Ferimento de perfuração causado pela mordida de um grande felino na pélvis de um homem que acredita-se ter sido um gladiador nos tempos da Roma Antiga, foi enterrado em um cemitério perto de York, Rei
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Por Will Dunham

(Reuters) - No Coliseu de Roma e em outros anfiteatros espalhados por todo o vasto Império Romano, espetáculos de gladiadores não eram meramente disputas entre humanos. Gladiadores também enfrentavam animais.

Embora existam representações dessas disputas em mosaicos e textos antigos, evidências forenses concretas vinham sendo escassas até agora: cientistas determinaram que marcas de mordida na pélvis de um homem enterrado no que se acredita ser um cemitério de gladiadores perto da cidade inglesa de York, conhecida na época como Eboracum, são obra de um grande felino, provavelmente um leão.

O homem, cuja idade estimada era de 26 a 35 anos na época da morte, parece ter vivido no século 3 d.C., quando Eboracum era uma importante cidade e base militar no norte da província romana da Britânia. As marcas de mordida fornecem pistas sobre sua suposta morte na arena.

'Aqui podemos ver perfurações e recortes, indicativos de uma grande dentição perfurando os tecidos moles e o osso', disse o antropólogo forense Tim Thompson, da Universidade Maynooth, na Irlanda, principal autor do estudo publicado nesta quarta-feira no periódico PLOS One .

'Não achamos que este tenha sido o ferimento fatal, pois seria possível sobreviver a esse ferimento, e ele está em uma localização incomum para um felino tão grande. Acreditamos que isso indica o arrasto de um indivíduo incapacitado', disse Thompson.

A descoberta ilustra como os espetáculos de gladiadores, frequentemente apresentados por imperadores e outras celebridades, que incluíam animais selvagens, não se limitavam às principais cidades do império, mas se estendiam às províncias mais distantes.

O esqueleto deste homem representa a primeira evidência física direta conhecida de combate entre humanos e animais desde os tempos da Roma Antiga, disseram os pesquisadores.

Os animais selvagens utilizados em tais espetáculos incluíam elefantes, hipopótamos, rinocerontes, crocodilos, girafas, avestruzes, touros, ursos, leões, tigres e leopardos, entre outros. Em 2022, arqueólogos anunciaram a descoberta de ossos de ursos e grandes felinos no Coliseu.

'Animais predadores — sobretudo os grandes felinos, mas também, às vezes, outros animais, como ursos — eram usados como combatentes contra gladiadores especialistas, conhecidos como venatores', disse o coautor do estudo John Pearce, arqueólogo romano do King's College London.

Animais grandes e agressivos também eram colocados uns contra os outros – um touro e um urso, por exemplo – e frequentemente acorrentados, disse Pearce. Caçadas simuladas também eram realizadas em arenas, com humanos contra animais e animais contra outros animais, disse Pearce.

Às vezes, animais eram usados como agentes de execução de cativos e criminosos — prática conhecida em latim como damnatio ad bestias — na qual a vítima ficava amarrada ou indefesa, disse Pearce.

MORTE VIOLENTA

Pearce descreveu o que pode ter ocorrido durante os momentos finais do homem em York. O gladiador pode ter vestido um traje combinado de proteção e teatro. O animal pode ter sido submetido à privação de alimento para estimular a ferocidade.

'Muito especulativamente, da perspectiva do gladiador, talvez uma abordagem como a de um matador teria sido aplicada — esquivar e ferir progressivamente, de modo a prolongar a performance', disse Pearce.

'Neste caso, claramente, isso terminou em fracasso, sendo provável, dada a posição da marca da mordida, que o leão estivesse atacando ou arrastando o indivíduo no chão. No final, quando um ou ambos estivessem mortos, haveria um enterro para o gladiador e o uso da carcaça do animal como alimento para os espectadores', disse Pearce.

Os gladiadores normalmente eram escravos, prisioneiros de guerra, criminosos e voluntários.

'Para gladiadores bem-sucedidos, uma reputação popular, como expressa em grafites de fãs em Pompeia, provavelmente dinheiro e a possibilidade de serem libertados caso se tornassem uma estrela de arena bem-sucedida eram o incentivo e a recompensa', disse Pearce.

Os restos mortais do gladiador de York apresentam evidências de anormalidades na coluna, talvez causadas por sobrecarga nas costas, assim como doenças dentárias. Ele havia sido decapitado, provavelmente como um golpe de misericórdia após ferimento e derrota na arena. Foi enterrado ao lado de outros dois homens, cujos corpos estavam cobertos com ossos de cavalo.

Há vestígios de alguns edifícios e muralhas da cidade de Eboracum, embora nenhum anfiteatro tenha sido identificado ainda.

Oitenta e dois esqueletos humanos, a maioria de homens jovens e bem constituídos, foram escavados no cemitério. Muitos apresentavam ferimentos cicatrizados e não cicatrizados, consistentes com combates de gladiadores, e foram decapitados, talvez por terem sido derrotados em lutas de arena.

'Este é um lembrete da cultura do espetáculo, essencial à vida pública romana', disse Pearce.

'Esta nova análise nos dá evidências muito concretas e específicas de um encontro violento entre humanos e animais, seja como combate ou punição, mostrando que os grandes felinos capturados no Norte da África foram exibidos e combatidos não apenas em Roma ou na Itália, mas também surpreendentemente amplamente, mesmo que não saibamos com que frequência', disse Pearce.

(Reportagem de Will Dunham em Washington)

Escrito por Reuters

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FOREIGNER SE DESPEDE DOS FÃS BRASILEIROS COM SHOW HISTÓRICO EM SÃO PAULO

A lendária banda Foreigner se despediu dos fãs brasileiros com um super show em São Paulo, na noite do último sábado, em uma apresentação marcada por emoção, energia e celebração. O evento, que aconteceu no Espaço Unimed, faz parte da turnê mundial de despedida do grupo e contou com a participação especial do vocalista original Lou Gramm, consolidando-se como um momento inesquecível para os fãs de rock clássico.

Como antecipado em entrevista exclusiva à Rádio Antena 1 pelo próprio Lou Gramm, a passagem pelo Brasil teria um significado especial. E assim foi: ao invés de um clima de tristeza, o que se viu foi uma verdadeira festa em homenagem ao legado de uma das maiores bandas do rock americano das décadas de 70 e 80.

Double Trouble Tour aquece o público com clássicos e surpresas

A noite começou em alto nível com a abertura da "Double Trouble Tour", projeto que reuniu os vocalistas Eric Martin (Mr. Big) e Jeff Scott Soto (Yngwie Malmsteen, Journey), acompanhados pela competente banda Spektra, formada por Leo Mancini (guitarra), Edu Cominato (bateria), BJ (teclados e vocais) e Henrique Baboon (baixo).

No repertório, sucessos das bandas pelas quais os cantores passaram, como "To Be With You" e "Wild World", do Mr. Big, além da poderosa "Separate Ways", do Journey, que permitiu a Soto mostrar toda sua força vocal. A surpresa da noite ficou por conta de uma cover intensa de "Crazy", de Seal, provando a versatilidade dos músicos em cena.

Foreigner entrega performance impecável na turnê de despedida

Após a abertura arrebatadora, foi a vez do Foreigner subir ao palco — e mostrar por que ainda é referência quando se fala em rock de arena. Com uma performance carregada de emoção e qualidade técnica, Jeff Pilson, Michael Bluestein, Bruce Watson, Chris Frazier e Luis Carlos Maldonado conduziram o público por uma viagem sonora de quase cinco décadas de história.

“Arrisco a dizer que Maldonado foi o grande destaque da noite — se isso for possível diante da qualidade técnica dos outros integrantes do grupo. Fiquei impressionado ”, comentou o jornalista João Carlos Santana, da Rádio Antena 1.

A setlist, fiel àquela apresentada em outras datas da turnê pela América Latina, incluiu todos os grandes sucessos da banda (confira abaixo). E, no momento mais aguardado da noite, Lou Gramm subiu ao palco para cantar as quatro últimas músicas do show, em um ato simbólico que representou não apenas a origem musical da banda, mas também o respeito mútuo entre artista e público.

Set List - Foreigner - São Paulo, 10 de maio de 2025

1. "Double Vision"
2. "Head Games"
3. "Cold as Ice"
4. "Waiting for a Girl Like You"
5. "That Was Yesterday"
6. "Dirty White Boy"
7. "Feels Like the First Time"
8. "Urgent"
9. Keyboard Solo
10. Drum Solo
11. "Juke Box Hero" (with Lou Gramm)
12. "Long, Long Way From Home" (with Lou Gramm)
13. "I Want to Know What Love Is" (with Lou Gramm)
14. "Hot Blooded" (with Lou Gramm)

Uma despedida inesquecível e novos planos para 2026

A noite de sábado entrou para a história tanto para os fãs quanto para os músicos do Foreigner. Um evento raro, emocionante e tecnicamente impecável (com direito a solos de teclado e bateria). Mas para aqueles que ainda sonham em ver a banda ao vivo uma última vez, há uma última chance.

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