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'Maré Rosa' da América Latina pode ter atingido o pico

Placeholder - loading - Homem agita bandeira do Peru em frente a policiais durante proesto em Lima 07/12/2022 REUTERS/Alessandro Cinque
Homem agita bandeira do Peru em frente a policiais durante proesto em Lima 07/12/2022 REUTERS/Alessandro Cinque
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Por Brad Haynes

(Reuters) - Eleições dramáticas no Brasil, no Chile e na Colômbia levaram governos de esquerda ao poder em grande parte da América Latina em 2022, coroando a segunda 'maré rosa' da região em duas décadas.

No entanto, as dificuldades em meio a teimosos ventos econômicos contrários sugerem que a onda pode ter atingido o pico. A onda que levantou a esquerda pode em breve virar as eleições para o outro lado.

Para ter o mesmo poder de permanência que o renascimento da esquerda na virada do século, os governos precisarão reativar economias que têm frustrado eleitores e investidores durante uma década de crescimento medíocre.

O presidente chileno, Gabriel Boric, de 36 anos, assumiu o cargo em março como o líder mais progressista de seu país em meio século e o mais jovem da história. Mas contratempos, incluindo a rejeição de uma nova Constituição, prejudicaram sua popularidade e forçaram concessões ao centro, incluindo a troca de alguns membros mais jovens de seu gabinete por figuras mais experientes da política tradicional.

A Colômbia também se voltou fortemente para a esquerda com a eleição em junho de Gustavo Petro, um ex-guerrilheiro de 62 anos que prometeu combater a desigualdade com reformas tributárias e agrárias. Ele abordou as preocupações fiscais com a primeira, mas assustou os investidores com uma proposta de proibição de novas explorações de petróleo e gás e dúvidas sobre a política do banco central.

O presidente eleito do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, de 77 anos, que venceu por estreita margem o atual presidente Jair Bolsonaro em outubro, é um resquício da primeira maré rosa da região, quando um boom de commodities o ajudou a terminar sua Presidência de 2003-2010 com aprovação recorde.

No entanto, escândalos de corrupção e má gestão econômica sob a sucessora Dilma Rousseff abalaram o legado de Lula. A polarização profunda, uma força de trabalho envelhecida e uma carga de dívida pública maior tornarão quase impossível para ele repetir essa popularidade altíssima.

Enquanto os impactos internos ainda estão ocorrendo, a inclinação à esquerda da América Latina --que também inclui os presidentes eleitos anteriormente de México, Argentina e Bolívia-- remodelou a diplomacia regional.

Muitos líderes de esquerda adotaram uma abordagem mais amigável em relação aos governos autoritários de Venezuela, Nicarágua e Cuba, dificultando a pressão dos Estados Unidos e de seus aliados.

Embora Boric, do Chile, tenha falado sobre os abusos dos direitos humanos sob o presidente venezuelano Nicolás Maduro, Petro e Lula estão ansiosos para restaurar os laços diplomáticos com Caracas.

As simpatias ideológicas da região foram expostas em dezembro, quando o ex-presidente de esquerda do Peru Pedro Castillo tentou dissolver o Congresso antes de ser destituído em uma votação do Legislativo.

Os governos de México, Colômbia, Argentina, Bolívia e Honduras condenaram a derrubada de Castillo, com alguns referindo-se a um 'golpe'. O Departamento de Estado dos Estados Unidos disse que a nomeação de sua sucessora, a presidente Dina Boluarte, era bem-vinda.

Lula reconheceu a destituição de Castillo como 'constitucional', mas não condenou sua tentativa de fechar o Congresso.

O QUE SIGNIFICA PARA 2023

A nova maré rosa da região tem uma tonalidade verde, uma vez que movimentos progressistas abraçaram a luta contra as mudanças climáticas. Enquanto esquerdistas da velha guarda, como o presidente mexicano Andrés Manuel López Obrador, ainda estão apostando em combustíveis fósseis, muitos de seus colegas estão adotando energia renovável e a conservação.

Importante assessor de política externa de Lula, Celso Amorim defendeu que o Brasil sediasse uma cúpula das nações amazônicas no primeiro semestre de 2023, junto com os países desenvolvidos interessados em sua preservação.

No entanto, esse e outros esforços de 'integração regional', construídos com uma ideologia comum, podem enfrentar uma janela de oportunidade se fechando.

Castillo, deposto cerca de um ano e meio após sua eleição, pode não ser o único líder de esquerda a enfrentar tempos difíceis.

O presidente argentino, Alberto Fernández, tem um índice de aprovação de cerca de 20% antes das eleições de outubro, nas quais ele e seus aliados enfrentarão grandes dificuldades -- um lembrete de que essa maré rosa pode voltar a mudar em breve.

Escrito por Reuters

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Placeholder - loading - Imagem da notícia SHOW DE LADY GAGA EM COPACABANA REPERCUTE NA IMPRENSA INTERNACIONAL

SHOW DE LADY GAGA EM COPACABANA REPERCUTE NA IMPRENSA INTERNACIONAL

Na noite de 3 de maio de 2025, Lady Gaga realizou um show gratuito histórico na Praia de Copacabana, no Rio de Janeiro, reunindo entre 2,1 e 2,5 milhões de pessoas, segundo estimativas da organização. A apresentação tornou-se o maior espetáculo da carreira da artista e um dos maiores da história da música mundial.

Com esse feito, Gaga superou o público de Madonna no mesmo local em 2024 — estimado em cerca de 1,6 milhão —, mas ainda ficou atrás de Rod Stewart, que reuniu cerca de 3,5 milhões de pessoas na virada do ano de 1994 para 1995, também em Copacabana. Vale lembrar que o show de Stewart ocorreu no Réveillon carioca, evento que tradicionalmente atrai milhões de espectadores para a orla, o que contribuiu para os números históricos.

Operação “Fake Monster” Frustra Tentativa de Atentado

Horas antes do evento, a Polícia Civil do Rio de Janeiro e o Ministério da Justiça e Segurança Pública deflagraram a operação “Fake Monster”, que desmontou um plano de atentado com explosivos improvisados durante o show. Dois suspeitos foram detidos: um adulto no Rio Grande do Sul, por posse ilegal de armas, e um adolescente no Rio de Janeiro, investigado por armazenar pornografia infantil.

Segundo autoridades, o grupo envolvido promovia discurso de ódio, automutilação e violência contra a comunidade LGBTQIA+, além de recrutar jovens pela internet usando perfis falsos inspirados na fanbase da cantora. A ação policial foi mantida em sigilo até após o show para evitar pânico, e Lady Gaga só foi informada da ameaça depois da apresentação.

Repercussão Internacional: Público Histórico e Ameaça Frustrada Ganham Manchetes

A magnitude do show e a tentativa de atentado frustrada repercutiram fortemente na imprensa internacional, tanto pelo aspecto cultural quanto pelo risco evitado.

Sobre o show

O site da Billboard destacou:

“Lady Gaga realizou o maior show solo de sua carreira e o maior já feito por uma mulher na história da música mundial” (LINK).

A CNN International escreveu:

“O espetáculo gratuito de Gaga à beira-mar, com mais de 2 milhões de presentes, transformou Copacabana em uma rave global. Foi um tributo à diversidade, à inclusão e à força da música ao vivo.” (LINK)

O jornal britânico The Guardian afirmou:

“Lady Gaga fez história no Brasil com um dos maiores concertos já registrados. O público superou o de Madonna em 2024, consolidando o país como palco favorito das divas do pop.” (LINK)

Sobre a ameaça frustrada

A revista Vanity Fair destacou a operação com o título:

“Plano de bomba é frustrado antes de show histórico de Lady Gaga no Rio”, escrevendo: “Autoridades brasileiras identificaram uma célula online de extremistas que usavam identidades falsas para se infiltrar em comunidades de fãs. A ação foi rápida e silenciosa, impedindo o que poderia ter sido uma tragédia em massa.” (LINK)

O Pitchfork complementou:

“Os suspeitos mantinham perfis falsos inspirados em fãs de Gaga para atrair menores para ataques coordenados. A operação evitou o que poderia ser o pior ataque em um evento musical desde o atentado em Manchester, em 2017.” (LINK)

Já o tabloide britânico The Sun trouxe um tom mais emocional, destacando a fala da artista:

“Após saber da ameaça, Gaga teria chorado nos bastidores e dito: ‘O amor venceu outra vez. Obrigada, Brasil.’” (LINK)

Manifestação nas redes e comunicado oficial

Após o show, Lady Gaga usou suas redes sociais para agradecer o carinho do público brasileiro e, ao tomar conhecimento da ameaça frustrada, fez uma publicação emocionada:

“Brasil, eu não tenho palavras. Vocês me deram a noite mais linda da minha vida. Obrigada por me protegerem com tanto amor. Meu coração está com vocês para sempre. Amor vence.”

Horas depois, sua equipe divulgou um comunicado oficial sobre o incidente:

“A equipe da artista expressa profunda gratidão às autoridades brasileiras pela pronta e eficaz atuação. O bem-estar de todos os fãs é nossa prioridade máxima. Lady Gaga foi informada da ameaça somente após a apresentação, a fim de preservar a segurança do evento.”

Um Evento Histórico em Todos os Sentidos

Com um público recorde, um repertório repleto de hits e um cenário monumental à beira-mar, o show de Lady Gaga em Copacabana entrou para a história como um dos maiores eventos musicais já realizados. Ao mesmo tempo, a eficácia das forças de segurança brasileiras ao impedir um possível atentado mostra o grau de complexidade envolvido na organização de eventos dessa magnitude.

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