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Le Pen acusa esquerda de incitar protesto ao estilo 'Capitólio' na França

Placeholder - loading - Marine Le Pen em Paris  10/7/2024   REUTERS/Yara Nardi
Marine Le Pen em Paris 10/7/2024 REUTERS/Yara Nardi
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Por Benoit Van Overstraeten e Elizabeth Pineau

PARIS (Reuters) - A líder da extrema-direita francesa Marine Le Pen traçou nesta quarta-feira paralelos entre o apelo de um político de extrema-esquerda para uma marcha em direção ao gabinete do primeiro-ministro e o ataque ao Capitólio por apoiadores do ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump.

Os comentários marcaram um endurecimento do tom por parte de Le Pen, que classificou a votação tática na eleição parlamentar inconclusiva de domingo como uma conspiração do establishment para manter o partido dela fora do poder.

O resultado da eleição, na qual a Nova Frente Popular (NFP), de esquerda, se beneficiou com uma conquista surpreendente, mas nenhum grupo obteve maioria absoluta, mergulhou a França na incerteza, sem um caminho óbvio para um governo estável.

Le Pen disse que a NFP tem “atitudes quase subversivas, uma vez que apela à tomada de Matignon à força, pelo que pudemos compreender”, referindo-se ao gabinete do primeiro-ministro.

“É o ataque deles ao Capitólio”, acrescentou Le Pen, numa referência a quando os apoiadores de Trump invadiram o Capitólio dos EUA em 6 de janeiro de 2021, numa tentativa de reverter sua derrota eleitoral.

A extrema-esquerda França Insubmissa, que faz parte da NFP, rejeitou imediatamente a acusação.

Depois que o presidente Emmanuel Macron pediu ao primeiro-ministro centrista Gabriel Attal que permanecesse por enquanto para cuidar dos assuntos atuais, o ex-parlamentar da França Insubmissa Adrien Quatennens acusou Macron de querer 'roubar' a vitória da esquerda e sugeriu uma 'grande marcha popular' ao gabinete do primeiro-ministro.

Quatennens disse que Le Pen estava “louca” ao ver seu post para uma marcha como um apelo à insurreição.

Le Pen passou os últimos anos buscando melhorar a imagem de um partido outrora conhecido por suas atitudes xenófobas e antissemitas e agora tem de decidir que direção tomar se quiser avançar e ganhar o poder nas eleições presidenciais de 2027.

As pesquisas de opinião projetavam que seu Reunião Nacional (RN), anti-imigração e eurocético, venceria as eleições de domingo, mas o RN terminou em terceiro, atrás da NFP e dos correligionários centristas de Macron.

A NFP, que reúne França Insubmissa, os Comunistas, os Verdes e os Socialistas, continuou as conversações para tentar chegar a acordo sobre um gabinete e planos políticos.

Em meio a alertas das agências de classificação, os mercados financeiros, a Comissão Europeia e os parceiros franceses da zona euro estão todos observando atentamente para ver se o impasse pode ser resolvido.

Para complicar ainda mais a situação, os líderes de cada campo discordavam sobre com quem entrar em contato para tentar chegar a um acordo. As tensões dentro dos partidos também cresceram à medida que os membros lutam por influência na reconstrução de um cenário político destruído pela eleição antecipada.

E qualquer governo - de esquerda, de centro ou de uma coalizão mais ampla - poderá ser rapidamente vítima de um voto de confiança da oposição se não tiver garantido um apoio sólido suficiente.

'Hoje, nos encontramos em um atoleiro, já que ninguém consegue saber de que posição virá o primeiro-ministro ou que política será adotada para o país', disse Marine Le Pen aos repórteres ao chegar ao Parlamento.

Macron, cujo mandato termina em 2027, convocou a votação parlamentar depois que seu partido foi derrotado pela extrema-direita nas eleições da União Europeia no mês passado e disse que isso esclareceria o cenário - o que não aconteceu.

'Para dizer o mínimo, isso não é um grande sucesso para Emmanuel Macron', brincou Le Pen.

ALTERNATIVAS

Seria normal que Macron convocasse o maior grupo parlamentar para formar um governo, mas nada na constituição o obriga a fazer isso.

As opções incluem uma ampla coalizão e um governo minoritário, que aprovaria leis no Parlamento caso a caso.

Fontes políticas disseram à Reuters que os telefones estão tocando constantemente, com alguns centristas esperando agora que possam chegar a um acordo com os conservadores e deixar a esquerda de fora.

'Acho que há uma alternativa à Nova Frente Popular', disse Aurore Bergé, uma parlamentar sênior do grupo de Macron, à France 2 TV. 'Acho que os franceses não querem que a plataforma da NFP seja implementada, acho que eles não querem aumentos de impostos.'

'Somos os únicos que podem ampliar (nossa base)', afirmou ela.

Enquanto isso, os líderes de esquerda também apareceram para enfatizar que, tendo vencido a eleição, eles deveriam comandar o governo. Mas sem um acordo ainda sobre quem poderia ser o primeiro-ministro, eles agora enfrentam uma concorrência crescente da direita e do centro.

Carole Delga, do Partido Socialista, ressaltou que a esquerda, por si só, não pode governar e deve estender a mão a outros - mas com base no programa de impostos e gastos da NFP.

(Reportagem de Benoit Van Overstraeten, Ingrid Melander, Zhifan Liu, Blandine Henault)

Escrito por Reuters

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SHOWS DE NORAH JONES NO BRASIL CELEBRAM BOA FASE DA CANTORA

Prestes a iniciar sua quinta passagem pelo Brasil, Norah Jones vive um dos momentos mais inspirados de sua carreira. Após conquistar o Grammy de Melhor Álbum Vocal Pop Tradicional com Visions, lançado em março de 2024, a artista reafirma seu espaço como uma das vozes mais singulares e consistentes da música contemporânea.

Norah Jones vive novo auge criativo com “Visions”

Produzido em parceria com Leon Michels, Visions apresenta uma fusão elegante de jazz contemporâneo, soul e baladas suaves, reafirmando o estilo inconfundível de Norah. Entre as faixas mais ouvidas nas plataformas de streaming estão “Running”, “Staring at the Wall” e “Paradise”, que estarão no repertório da turnê.

Além do novo álbum, Norah Jones também se destacou recentemente com seu podcast Playing Along, onde conversa com músicos sobre criação artística. O projeto vem ampliando sua base de fãs e aproximando a artista de um público mais jovem, sem perder a essência que marcou sua trajetória desde o sucesso de Come Away With Me (2002).

A herança musical familiar

Filha do lendário músico indiano Ravi Shankar, Norah carrega uma herança musical diversa e profundamente enraizada em tradições do mundo todo. Embora tenha seguido um caminho distinto ao do pai, seu domínio do piano, sua habilidade como compositora e sua busca por autenticidade refletem uma sensibilidade herdada e cultivada ao longo da vida.

A relação de Norah Jones com o Brasil

A conexão da artista com o Brasil vai além da música. Sua mãe, a produtora e dançarina Sue Jones, morou no Rio de Janeiro durante os anos 1960, período em que teve contato próximo com a cena artística brasileira e desenvolveu um forte apreço pela cultura local — algo que Norah cresceu ouvindo em casa e que influencia sua visão musical até hoje. Essa forte relação emocional tem sido parte da experiência da artista com o público local.

“Sinto que o público brasileiro escuta com o coração”, disse Norah em recente entrevista. “Sempre me emocionei aqui.”

Um novo reencontro com os fãs brasileiros

Norah retorna ao país com apresentações marcadas em São Paulo, Rio de Janeiro e Curitiba, celebrando não apenas seu novo trabalho, mas também o reencontro com um público que a acompanha desde os tempos de Come Away With Me, seu icônico álbum de estreia de 2002.

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