Mark Ronson não estará presente na cinebiografia de Amy Winehouse
O filme é dirigido por Sam Taylor-Johnson e a cantora será interpretada por Marisa Abela
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O filme “Back to Black”, cuja estreia ainda não foi prevista para o Brasil, já confirmou que não terá a presença do produtor do álbum que deu origem ao nome do filme - Mark Ronson. Há duas versões para explicar esse fato.
Enquanto o ator canadense Jeff Tunke disse, em entrevista ao The Daily Mail, que as cenas que ele filmou como Ronson foram todas cortadas do filme final - e, consequentemente, seus créditos foram removidos do filme e da IMDb - Sam Taylor-Johnson, diretora do longa-metragem, respondeu por meio de um porta-voz: "O personagem de Mark Ronson nunca esteve no filme, então não teria sido possível 'cortar todas as cenas' envolvendo Mark Ronson, já que elas não existem".
Independentemente da razão pela qual Ronson não será incluído no longa-metragem, essa decisão foi tomada mesmo sabendo da importância da relação que ele teve com Amy durante sua vida, de forma próxima e, por vezes, turbulenta. O DJ e produtor co-produziu o álbum “Back to Black” em 2006, que marcou a trajetória artística da cantora e a fez ganhar cinco Grammys.
Perguntado sobre o filme, Ronson disse: "A única coisa que eu sei sobre o filme é que eu conheço Sam muito bem, e eu li o roteiro e senti que o que ele fez gentilmente foi... Fui lembrado do humor de Winehouse, e ele captou muito bem isso", para a revista NME. "Acho que ela simplesmente tinha esse senso de humor inteligente, que é um de seus muitos dons, e eles colocaram isso no filme. Estou ansioso para ver." Quanto ao elenco, Jack O’Connell será Blake Fielder-Civil, o marido de Amy; Eddie Marsan (Heróis de Ressaca) interpreta o pai da cantora, Mitch Winehouse; Juliet Cowan (O Poder), por sua vez, vive a mãe de Winehouse, Jani.
Além da questão de Mark não fazer parte do longa, muitas pessoas têm questionado se não é cedo para produzir um filme desses, uma vez que as histórias e imagens da morte de Amy ainda são muito recentes (12 anos atrás). Especialmente, quando comparadas ao tempo que demora para fazer a cinebiografia de um homem famoso. Elvis Presley (Elvis) e Freddie Mercury (Bohemian Rhapsody), respectivamente, tiveram suas vidas retratadas pelo cinema 30 e 45 anos depois de suas mortes.
Ademais, sabe-se que o assédio incessante da mídia sobre Winehouse foi algo que agravou seus distúrbios mentais. A artista tinha paparazzi seguindo-a durante todos os momentos de sua vida, os quais lucravam com sua batalha contra as drogas, o álcool e seu distúrbio alimentar, obtendo imagens degradantes da mesma.
Era claro que ela precisava de ajuda, mas seu estado era rentável financeiramente com vendas em jornais e revistas, ibope em sites e programas de televisão, entre outros. À época, muitas pessoas se divertiam com seus vídeos no palco esforçando-se para cantar ou até mesmo se manter em pé. Era uma divulgação explícita, sem acolhimento algum. Assim, propagar essa imagem dela no filme, gerando lucro dos momentos turbulentos de sua vida, seria algo desrespeitoso. Porém, antes de se fazer essa análise, é preciso que o filme esteja em cartaz.
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