Mastercard remove marca da Copa América no Brasil em meio a preocupações sobre Covid
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Por Carolina Mandl
SÃO PAULO (Reuters) - A Mastercard decidiu retirar temporariamente suas marcas da Copa América no Brasil em meio a críticas acerca da decisão de última hora de sediar o torneio no país, que vem enfrentando um dos piores surtos de Covid-19 no mundo.
Em nota encaminhada à Reuters nesta quarta-feira, a Mastercard disse que decidiu não 'ativar' seu patrocínio à Copa América no Brasil após uma análise cautelosa. A empresa de pagamentos continua sendo patrocinadora do torneio de futebol, como tem sido desde 1992.
Na semana passada, os organizadores da Copa América, que começa no domingo, transferiram inesperadamente o torneio ao Brasil depois que a Colômbia foi descartada devido os protestos civis e a Argentina desistiu após um aumento nos casos de Covid-19 no país.
O presidente Jair Bolsonaro, que minimiza a gravidade do coronavírus e é contra os lockdowns, apoiou a medida. Mas especialistas em saúde pública, juízes do Supremo Tribunal Federal (STF) e jogadores da seleção brasileira questionaram a sensatez de sediar o torneio em meio a uma pandemia furiosa.
Mais de 475 mil brasileiros foram vítimas da Covid-19, o segundo maior número oficial de mortes pelo coronavírus, atrás apenas dos Estados Unidos, e especialistas alertam para a aproximação de uma terceira onda de infecções junto com a chegada do inverno.
A seleção brasileira de futebol citou preocupações 'humanitárias' em comunicado nesta quarta-feira criticando a organização da Copa América no Brasil, mas se comprometeu a participar do torneio após rumores de um possível boicote.
Escrito por Reuters
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