Médicos de São Paulo mantêm greve para quarta-feira após reunião sem acordo
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SÃO PAULO (Reuters) - O Sindicato dos Médicos de São Paulo (Simesp) disse nesta segunda-feira que vai manter a greve convocada para quarta-feira dos profissionais de atenção primária à saúde da rede pública da capital paulista, após uma reunião com as autoridades de saúde da capital terminar sem acordo.
A categoria alega que os profissionais de saúde estão sofrendo de exaustão diante da disparada da Covid-19 provocada pela variante Ômicron e pelo afastamento de colegas contaminados pelo vírus. Os profissionais querem que a prefeitura contrate imediatamente mais equipes para atendimento de síndromes gripais e garanta condições mínimas de trabalho, entre outras demandas.
Segundo o sindicato, reunião realizada nesta segunda com o secretário de Saúde da capital, Edson Aparecido, e o secretário adjunto, Luiz Carlos Zamarco, terminou seu acordo porque as autoridades não apresentaram 'nenhuma resposta capaz de responder às necessidades dos trabalhadores das Unidades Básicas de Saúde (UBS)'.
'As nossas demandas com relação não só a contratação, mas a novas estruturas de saúde para dar conta da demanda espontânea, também não foram atendidas. Não foi apresentado nenhum plano de contingência ou de reposição dos profissionais afastados', disse o presidente do Simesp, Victor Dourado, em nota da entidade.
De acordo com o sindicato, mais de 3.193 profissionais de saúde de São Paulo tinham sido afastado do trabalho por Covid-19 ou síndrome gripal até 13 de janeiro, o que representa um salto de mais de 100% em relação à semana anterior.
A decisão dos médicos pela paralisação foi tomada pela categoria em assembleia na semana passada, no momento de avanço descontrolado da variante Ômicron pelo país.
A Secretaria Municipal de Saúde da capital paulista disse em nota que foram apresentadas na reunião com o sindicato diversas medidas para promover melhorias no atendimento à população nas unidades de saúde e nas condições de trabalho dos profissionais, entre elas o pagamento de horas extras.
Segundo a pasta, também já foi autorizada a contratação de 700 médicos e equipes de enfermagem para atender ao aumento de demanda nas unidades de saúde.
(Reportagem de Eduardo Simões)
Escrito por Reuters
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