Médicos dizem que quadro de Bolsonaro é grave, mas estável, há risco de infecção
Publicada em
Atualizada em
Por Eduardo Simões
(Reuters) - O estado de saúde do candidato à Presidência pelo PSL, Jair Bolsonaro, é grave, mas estável, após ele ser vítima de um ataque a faca quando fazia campanha em Juiz de Fora (MG), disseram os médicos que realizaram uma cirurgia no presidenciável na Santa Casa de Misericórdia da cidade nesta quinta-feira.
Eles afirmaram que Bolsonaro foi alvo de um único, porém profundo, golpe de faca que causou uma grande hemorragia e lesões nos intestinos grosso e delgado e em uma veia abdominal. Bolsonaro está na unidade de terapia intensiva do hospital e há risco de infecção, por isso ele está sendo tratado com antibióticos.
'Era uma perda sanguínea grande no abdômen por essa lesão vascular. Ele chegou em estado de choque e essa era a principal lesão que o colocava em risco de vida', disse o médico Luiz Henrique Borsato, um dos que participou da cirurgia no candidato do PSL. Ele classificou como 'satisfatória' as primeiras horas de recuperação pós-operatória.
Os médicos que operaram Bolsonaro disseram que o intestino delgado foi costurado, mas não foi feita uma emenda na área atingida no intestino grosso, optando-se pela ligação com uma bolsa externa.
'O intestino delgado foi costurado e o intestino grosso não. A gente retirou a parte que estava lesada e a gente não fez a emenda do intestino. A gente optou por fazer a colostomia de caráter temporário', disse Borsato, acrescentando que, futuramente, Bolsonaro terá de passar por nova cirurgia para reverter a colostomia.
De acordo com os médicos, o candidato do PSL está respirando espontaneamente e está consciente. Ele também já reconheceu seus filhos que foram ao hospital após o ataque.
Sem precisar o tempo de recuperação, os médicos disseram que o período de hospitalização mínimo deve ser de uma semana a 10 dias.
Segundo eles, não há condições clínicas de o candidato ser transferido para outro hospital neste momento. Eles disseram também que uma equipe do Hospital Sírio-Libanês voará de São Paulo para Juiz de Fora para acompanhar o quadro de Bolsonaro.
Escrito por Thomson Reuters