Melbourne passa a exigir máscaras diante de aumento recorde do coronavírus na Austrália
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Por Swati Pandey
SYDNEY (Reuters) - Os moradores de Melbourne, a segunda cidade mais populosa da Austrália, terão que usar máscaras quando saírem de casa a partir desta quarta-feira, já que o país registrou um aumento recorde de casos do novo coronavírus, e o Estado de Nova Gales do Sul está em 'alerta elevado'.
A Austrália registrou 501 infecções novas de coronavírus nas últimas 24 horas, número mais alto desde que a epidemia se desencadeou, em março. O número de mortos aumentou em 2 e chegou a 128.
O Estado de Victoria, cuja capital é Melbourne, respondeu pela maioria, 484 casos novos.
É preocupante que mais da metade das pessoas que foram diagnosticadas com o vírus em Victoria entre 7 e 21 de julho, ou mais de 2 mil pessoas, não tenha se isolado, disse o premiê estadual, Daniel Andrews.
'Isso significa que pessoas se sentiram mal e seguiram adiante com a vida', disse Andrews aos repórteres.
'Elas saíram para fazer compras. Foram ao trabalho. Estão no auge da infecciosidade e continuam agindo normalmente.'
Andrews alertou que o número de casos manterá uma trajetória ascendente se as pessoas não se autoisolarem depois de serem examinadas.
'E um confinamento de seis semanas não durará seis semanas. Durará muito mais do que isso', disse.
As viagens pela divisa entre Victoria e Nova Gales do Sul só serão permitidas para trabalho, estudo ou cuidados médicos --a divisa foi fechada pela primeira vez em 100 anos neste mês.
Empregados e estudantes que cruzarem de um Estado ao outro rumo a internatos ou universidades serão obrigados a se autoisolar durante duas semanas e ter exames negativos para o vírus, e os trabalhadores sazonais de Victoria serão barrados.
Melbourne testemunhou um aumento rápido no número de casos de coronavírus nas últimas semanas, e a doença se propagou em muitas casas de repousou e em algumas prisões.
Victoria já registrou mais de 6.700 infecções de coronavírus, mais da metade do total da Austrália.
A readoção de medidas para deter a disseminação do vírus no Estado reduzirá 0,75 ponto percentual da produção econômica nacional no terceiro trimestre, disse uma fonte do governo a par das estimativas oficiais.
Escrito por Reuters
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