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Mercosul e União Europeia fecham acordo de livre comércio

Placeholder - loading - Terminal no Porto de Santos, Brasil. 25/07/2018. REUTERS/Paulo Whitaker
Terminal no Porto de Santos, Brasil. 25/07/2018. REUTERS/Paulo Whitaker
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Por Philip Blenkinsop

BRUXELAS (Reuters) - O Mercosul e a União Europeia (UE) assinaram um acordo preliminar de livre comércio, anunciaram nesta sexta-feira as partes envolvidas, encerrando duas décadas de negociações.

Os dois blocos começaram a negociar há 20 anos, com diversos governos envolvidos nas conversas, mas os esforços foram intensificados após a eleição do presidente dos EUA, Donald Trump, quando a UE suspendeu negociações com o governo norte-americano e se voltou para outros aliados comerciais globais.

Com isso, foi selado acordo de livre comércio com o Canadá e com Japão e México e agora, após cerca de 40 rodadas de negociações, também chegaram a um acordo preliminar com o Mercosul, que inclui Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai.

Mais cedo neste mês, a comissária de Comércio da UE, Cecilia Malmstrom, disse que selar um acordo comercial com o Mercosul era sua principal prioridade.

Após o anúncio, Malmstrom disse em uma entrevista coletiva que o acordo enviou uma 'mensagem alta e clara' a favor da abertura comercial, num momento em que os líderes mundiais se reúnem na cúpula do G20, no Japão.

A UE já é o maior parceiro comercial e de investimentos do Mercosul e é o segundo maior em bens.

Em termos de reduções tarifárias, pode ser o acordo comercial mais lucrativo da UE até agora, com cerca de 4 bilhões de euros (US$ 4,55 bilhões) de economia em tarifas nas exportações, quatro vezes mais do que seu acordo com o Japão.

A Europa está de olho em aumentar o acesso para suas companhias fabricarem produtos industriais, notadamente carros, para os quais tarifas chegam a 35%, e permitindo a eles que concorram em licitações públicas. O Mercosul pretende elevar as exportações de carne bovina, açúcar, carne de aves e outros produtos agrícolas.

De acordo com estimativas do Ministério da Economia brasileiro, o acordo 'representará um incremento do PIB brasileiro de 87,5 bilhões de dólares em 15 anos, podendo chegar a 125 bilhões de dólares se consideradas a redução das barreiras não-tarifárias e o incremento esperado na produtividade total dos fatores de produção', segundo o comunicado.

O pacto engloba 'temas tanto tarifários quanto de natureza regulatória, como serviços, compras governamentais, facilitação de comércio, barreiras técnicas, medidas sanitárias e fitossanitárias e propriedade intelectual', segundo comunicado conjunto dos Ministérios das Relações Exteriores e da Economia.

Em entrevista coletiva em Bruxelas, o ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, disse que o acordo é estratégico para todos os setores da economia do país ao permitir a redução de custos e abrir mercados preferenciais no que ele disse ser o maior mercado importador do mundo.

'Um acordo dessa magnitude não deve ser olhado apenas do lado estático, de tarifa, mas sobretudo sob o ponto de vista dinâmico. Ele mexe com todo o conjunto da economia', disse Araújo.

Sob o acordo, produtos agrícolas como suco de laranja, frutas e café solúvel terão suas tarifas eliminadas e exportadores brasileiros terão acesso ampliado, por meio de cotas, para carnes, açúcar, etanol, entre outros produtos.

Empresas brasileiras ainda serão beneficiadas com a eliminação das tarifas na exportação de 100% de produtos industriais, disse o comunicado.

Dessa forma, serão 'equalizadas as condições de concorrência com outros parceiros que já possuem acordos de livre comércio com a UE', disseram os ministérios em comunicado.

Pelo Twitter, o presidente Jair Bolsonaro, que está no Japão para a cúpula do G20, chamou o pacto de 'histórico' e disse que 'será um dos acordos comerciais mais importantes de todos os tempos e trará benefícios enormes para nossa economia'.

Participaram das negociações em Bruxelas Araújo, a ministra da Agricultura, Tereza Cristina, e o Secretário Especial de Comércio Exterior e Assuntos Internacionais do Ministério da Economia, Marcos Troyjo, segundo o comunicado conjunto.

Preocupações da UE com um possível aumento nas importações de carne bovina e a hesitação do Mercosul sobre abrir alguns setores industriais, como carros, significaram idas e vindas nos prazos anteriores para se chegar a um acordo.

O acordo ainda enfrenta um caminho possivelmente difícil até a aprovação. A França e outros países temem o impacto de uma acentuada alta nas importações de carne bovina, enquanto grupos ambientalistas, cuja influência é mais forte no novo Parlamento Europeu, argumentam que o acordo pode exacerbar o desmatamento.

Agora, países da UE e o Parlamento Europeu ambos precisam aprovar o acordo para que entre em vigor.

(Reportagem adicional de Cassandra Garrison em Buenos Aires, Marcelo Teixeira e Laís Martins em São Paulo, Ricardo Brito, em Brasília)

Escrito por Reuters

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SHOWS DE NORAH JONES NO BRASIL CELEBRAM BOA FASE DA CANTORA

Prestes a iniciar sua quinta passagem pelo Brasil, Norah Jones vive um dos momentos mais inspirados de sua carreira. Após conquistar o Grammy de Melhor Álbum Vocal Pop Tradicional com Visions, lançado em março de 2024, a artista reafirma seu espaço como uma das vozes mais singulares e consistentes da música contemporânea.

Norah Jones vive novo auge criativo com “Visions”

Produzido em parceria com Leon Michels, Visions apresenta uma fusão elegante de jazz contemporâneo, soul e baladas suaves, reafirmando o estilo inconfundível de Norah. Entre as faixas mais ouvidas nas plataformas de streaming estão “Running”, “Staring at the Wall” e “Paradise”, que estarão no repertório da turnê.

Além do novo álbum, Norah Jones também se destacou recentemente com seu podcast Playing Along, onde conversa com músicos sobre criação artística. O projeto vem ampliando sua base de fãs e aproximando a artista de um público mais jovem, sem perder a essência que marcou sua trajetória desde o sucesso de Come Away With Me (2002).

A herança musical familiar

Filha do lendário músico indiano Ravi Shankar, Norah carrega uma herança musical diversa e profundamente enraizada em tradições do mundo todo. Embora tenha seguido um caminho distinto ao do pai, seu domínio do piano, sua habilidade como compositora e sua busca por autenticidade refletem uma sensibilidade herdada e cultivada ao longo da vida.

A relação de Norah Jones com o Brasil

A conexão da artista com o Brasil vai além da música. Sua mãe, a produtora e dançarina Sue Jones, morou no Rio de Janeiro durante os anos 1960, período em que teve contato próximo com a cena artística brasileira e desenvolveu um forte apreço pela cultura local — algo que Norah cresceu ouvindo em casa e que influencia sua visão musical até hoje. Essa forte relação emocional tem sido parte da experiência da artista com o público local.

“Sinto que o público brasileiro escuta com o coração”, disse Norah em recente entrevista. “Sempre me emocionei aqui.”

Um novo reencontro com os fãs brasileiros

Norah retorna ao país com apresentações marcadas em São Paulo, Rio de Janeiro e Curitiba, celebrando não apenas seu novo trabalho, mas também o reencontro com um público que a acompanha desde os tempos de Come Away With Me, seu icônico álbum de estreia de 2002.

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