Mídias sociais podem diminuir o risco de depressão em idosos com dor
Para estudiosos do exterior, é possível que, em alguns casos, o uso das redes sociais impacte positivamente na saúde mental
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Segundo pesquisa norte-americana, socializar de modo online pode enfraquecer a relação entre dor e depressão, em se tratando de pessoas idosas.
Quem tem dor crônica tem chances de começar a ter depressão: Quando a dor faz eles ficarem mais em casa, interagir menos com amigos e famílias, de acordo com pesquisadores que escreveram para o periódico científico, ''The Journals of Gerontology, Series B’’.
Cerca de 3 mil 401 voluntários, com 67 anos ou mais, participaram do levantamento. Além disso, todos moravam em comunidades e não em casas de repouso. Cerca de um terço vivia sozinho e 54% do público disse se sentir incomodado com dores no último mês.
Entre as pessoas que padeciam com o problema, a taxa de depressão foi menor com o uso das mídias sociais. 6% que usava as redes, também, reportou sintomas da doença, comparado com 15% daqueles os quais não utilizavam os portais.
Segundo o coautor do trabalho, Shannon Ang, doutorando em sociologia pela Universidade de Michigan. A nova análise é uma das primeiras que investiga se as mídias sociais podem ajudar a aliviar o estresse do isolamento social trazido pela dor. “Por meio das mídias sociais é possível manter contato com membros da família, amigos, o que é um bom caminho para os idosos, que restringem as atividades sociais por conta da dor, sendo uma forma de compensação. Nada substituí ver os entes queridos pessoalmente, mas, esse recurso ajuda’’, finaliza.
Para realizar a pesquisa, a equipe analisou dados de 2013 e 2014 de um estudo anual e nacional sobre tendências de saúde e envelhecimento, que monitora a saúde física e mental dos beneficiários do Medicare, o sistema de seguros de saúde gerido pelo governo dos Estados Unidos.
O atual trabalho não foi projetado para provar se ou como o uso das mídias sociais pode ajudar a evitar a depressão, ou se as pessoas com a enfermidade ou com dor podem usar as redes menos do que as outras. Outra limitação é que a pesquisa não incluiu detalhes sobre quais tipos de sites de mídias sociais foram utilizados ou como os participantes lidavam com as ferramentas.
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