Minério de ferro amplia ganhos com esperança de estímulos na China
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CINGAPURA (Reuters) - Os preços futuros do minério de ferro subiram nesta segunda-feira, sustentados por apostas crescentes de que a China, principal mercado consumidor do minério, revelará mais estímulos em sua terceira reunião plenária nesta semana, depois que a divulgação de uma série de dados econômicos decepcionou os investidores.
O contrato de setembro do minério de ferro mais negociado na Bolsa de Mercadorias de Dalian (DCE) da China encerrou as negociações do dia com alta de 1,03%, a 834 iuanes (114,83 dólares) a tonelada.
O minério de ferro de referência de agosto na Bolsa de Cingapura subiu 0,69%, a 108,75 dólares a tonelada.
A economia da China desacelerou no segundo trimestre, segundo dados divulgados nesta segunda-feira, à medida que uma prolongada retração no setor imobiliário e a insegurança no emprego pesaram sobre a demanda doméstica, mantendo vivas as expectativas de que Pequim precisará liberar mais estímulos.
A segunda maior economia do mundo cresceu 4,7% entre abril e junho na comparação com o mesmo período do ano anterior, de acordo com dados oficiais, resultado mais fraco desde o primeiro trimestre de 2023 e abaixo da previsão de 5,1% em uma pesquisa da Reuters. Também houve desaceleração em relação à expansão de 5,3% do trimestre anterior.
Isso ocorreu depois que os empréstimos bancários chineses aumentaram menos do que o esperado em junho, enquanto alguns indicadores monetários importantes atingiram novos recordes de baixa, segundo dados divulgados na última sexta-feira.
A altamente antecipada reunião terceira plenária, que começou na segunda-feira, delineará os esforços para promover a manufatura avançada, gerenciar uma vasta crise imobiliária e impulsionar o consumo doméstico, segundo consultores de políticas.
A demanda resistente no curto prazo, segundo os analistas, também sustenta os preços do principal ingrediente da fabricação de aço.
A China produziu uma média diária de cerca de 3,05 milhões de toneladas de aço bruto em junho, o maior volume desde abril de 2023, de acordo com cálculos da Reuters baseados em dados do Departamento Nacional de Estatísticas.
Os analistas do Citi esperam que o governo chinês lance outra rodada de medidas de apoio ao mercado imobiliário após uma reunião do Politburo, a principal instância de decisão do Partido Comunista, que deverá ocorrer no final de julho.
(Reportagem de Gabrielle Ng e Amy Lv)
Escrito por Reuters
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