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Ministério do Meio Ambiente recua e mantém operações de combate ao desmatamento

Placeholder - loading - Trecho destruído da floresta amazônica em Itaituba, no Pará 26/09/2019 REUTERS/Ricardo Moraes
Trecho destruído da floresta amazônica em Itaituba, no Pará 26/09/2019 REUTERS/Ricardo Moraes
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Por Ricardo Brito e Lisandra Paraguassu

BRASÍLIA (Reuters) - O Ministério do Meio Ambiente recuou nesta sexta-feira do anúncio de que suspenderia todas as operações de combate ao desmatamento ilegal na Amazônia, alegando que houve liberação de recursos para órgãos de fiscalização, horas após ter dito que as ações seriam interrompidas na próxima semana em decorrência de um bloqueio orçamentário.

“O Ministério do Meio Ambiente informa que na tarde de hoje houve o desbloqueio financeiro dos recursos do Ibama e ICMBio e que, portanto, as operações de combate ao desmatamento ilegal e às queimadas prosseguirão normalmente”, disse a pasta em curto comunicado divulgado na noite desta sexta.

No meio da tarde, o ministério tinha dito em outro comunicado que todas as operações de combate ao desmatamento ilegal e queimadas na Amazônia, no Pantanal e em outras regiões seriam suspensas em razão de bloqueio orçamentário determinado pela Secretaria de Orçamento Federal (SOF), vinculada ao Ministério da Economia.

A primeira nota informava que a SOF havia determinado um bloqueio financeiro de 20,9 milhões de reais em verbas do Ibama e outros 39,7 milhões de reais em recursos do ICMBio.

Segundo uma fonte a par do assunto, o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, não chegou a ser consultado previamente sobre a decisão do bloqueio, mas sim apenas comunicado. A decisão irritou o ministro, uma vez que ocorre em um momento delicado por não haver recursos para realizar ações de fiscalização, segundo a fonte. Procurado, o ministro não se manifestou.

'Segundo informado ao MMA pelo secretário Esteves Colnago, do Ministério da Economia, o bloqueio atual de cerca de 60 milhões de reais para Ibama e ICMBio foi decidido pela Secretaria de Governo e pela Casa Civil da Presidência da República, e vem a se somar à redução de outros 120 milhões de reais já previstos como corte do Orçamento na área de meio ambiente para o exercício de 2021', afirmou o ministério na nota.

Procurados, o Ministério da Economia, a Secretaria de Governo e a Casa Civil da Presidência não responderam de imediato a pedidos de comentários sobre a primeira nota do MMA.

PRECIPITAÇÃO

O anúncio da suspensão das ações pelo ministério causou forte reação. O vice-presidente Hamilton Mourão disse que Salles havia se 'precipitado' com a divulgação da nota e assegurou que ações para combate a crimes ambientais na região continuariam.

'O ministro se precipitou. Precipitação do ministro Ricardo Salles. O que está acontecendo: o governo está buscando recursos para poder pagar o auxílio emergencial, é isso que estou chegando à conclusão, então está tirando recursos de todos os ministérios. Cada ministério oferece aquilo que pode oferecer', afirmou Mourão a jornalistas em Brasília.

'Não vai ser isso que vai acontecer, não vão ser bloqueado os 60 milhões entre Ibama e ICMBio, que são exatamente de combate à queimadas e desmatamento', completou.

Coordenador do Conselho da Amazônia, Mourão disse ainda que a Operação Verde Brasil --de combate a crimes ambientais na Amazônia Legal-- tem como principal fonte de recurso o Ministério da Defesa.

'Continua a operação, não está parada. O que o ministro viu foi uma planilha de planejamento que é da SOF. No Siafi (sistema de execução orçamentária do governo) que é o sistema onde você realmente bloqueia o recurso que está em aberto, não está bloqueado. Então é precipitação', completou.

Perguntado em entrevista coletiva virtual após o anúncio do ministério, o secretário do Tesouro Nacional, Bruno Funchal, disse que a decisão do bloqueio deverá ser debatida pela Junta de Execução Orçamentária, órgão que assessora o presidente na condução da política fiscal do governo.

'Isso está em discussão, é uma quantidade significativa de recursos, então, é um tema específico da SOF, mas o que eu imagino que esteja ocorrendo como processo é o bloqueio de tudo para ser discutido na Junta de Execução Orçamentária (JEO) o que vai ser definido como sendo prioritário e aí desbloqueando aquilo que, de fato, for definido na JEO e bloqueando para fazer o remanejamento para as outras áreas', disse.

REPERCUSSÃO NEGATIVA

Mourão afirmou que conversou com Salles sobre a situação, mas disse qualquer medida sobre o ministro é de responsabilidade do presidente Jair Bolsonaro. Questionado se a forma como ele agiu soaria como um pedido de demissão, o vice disse que não vai levar para esse lado porque Salles é escolhido pelo presidente.

'O que estou colocando para vocês é que foi divulgada uma nota que repercutiu de forma negativa, principalmente em um momento que a gente sabe que tem que estar combatendo essas ilegalidades', destacou.

Entidades ligadas ao meio ambiente chegaram a criticar o anúncio do bloqueio. Pelo Twitter, o Observatório do Clima disse que o anúncio 'parece jogo combinado com o Planalto para dar a Jair Bolsonaro a desculpa perfeita para furar o teto de gastos e, ao mesmo tempo, isentar o ministro de responsabilidade pela explosão do desmatamento'.

A polêmica ocorreu no momento em que o governo do presidente Jair Bolsonaro tem sido criticado duramente dentro e fora do país devido à destruição da floresta amazônica. Empresários brasileiros e investidores estrangeiros têm cobrado ações mais efetivas do governo para a região, uma vez que tem havido repercussão no âmbito econômico.

Na véspera, em um evento virtual, Mourão havia minimizado as críticas sobre ações em relação à região. Ele havia defendido que é preciso desmistificar o bioma amazônico e que é necessário combater com argumentos a visão que o mundo tem sobre a região, acrescentando que não é a floresta inteira que queima.

Contudo, no último dia 7, dados preliminares do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) apontaram que o desmatamento na Floresta Amazônica havia registrado queda de 26,7% em julho na comparação com o mesmo mês do ano passado, mas subiu 34,5% no acumulado em 12 meses.

Escrito por Reuters

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FOREIGNER SE DESPEDE DOS FÃS BRASILEIROS COM SHOW HISTÓRICO EM SÃO PAULO

A lendária banda Foreigner se despediu dos fãs brasileiros com um super show em São Paulo, na noite do último sábado, em uma apresentação marcada por emoção, energia e celebração. O evento, que aconteceu no Espaço Unimed, faz parte da turnê mundial de despedida do grupo e contou com a participação especial do vocalista original Lou Gramm, consolidando-se como um momento inesquecível para os fãs de rock clássico.

Como antecipado em entrevista exclusiva à Rádio Antena 1 pelo próprio Lou Gramm, a passagem pelo Brasil teria um significado especial. E assim foi: ao invés de um clima de tristeza, o que se viu foi uma verdadeira festa em homenagem ao legado de uma das maiores bandas do rock americano das décadas de 70 e 80.

Double Trouble Tour aquece o público com clássicos e surpresas

A noite começou em alto nível com a abertura da "Double Trouble Tour", projeto que reuniu os vocalistas Eric Martin (Mr. Big) e Jeff Scott Soto (Yngwie Malmsteen, Journey), acompanhados pela competente banda Spektra, formada por Leo Mancini (guitarra), Edu Cominato (bateria), BJ (teclados e vocais) e Henrique Baboon (baixo).

No repertório, sucessos das bandas pelas quais os cantores passaram, como "To Be With You" e "Wild World", do Mr. Big, além da poderosa "Separate Ways", do Journey, que permitiu a Soto mostrar toda sua força vocal. A surpresa da noite ficou por conta de uma cover intensa de "Crazy", de Seal, provando a versatilidade dos músicos em cena.

Foreigner entrega performance impecável na turnê de despedida

Após a abertura arrebatadora, foi a vez do Foreigner subir ao palco — e mostrar por que ainda é referência quando se fala em rock de arena. Com uma performance carregada de emoção e qualidade técnica, Jeff Pilson, Michael Bluestein, Bruce Watson, Chris Frazier e Luis Carlos Maldonado conduziram o público por uma viagem sonora de quase cinco décadas de história.

“Arrisco a dizer que Maldonado foi o grande destaque da noite — se isso for possível diante da qualidade técnica dos outros integrantes do grupo. Fiquei impressionado ”, comentou o jornalista João Carlos Santana, da Rádio Antena 1.

A setlist, fiel àquela apresentada em outras datas da turnê pela América Latina, incluiu todos os grandes sucessos da banda (confira abaixo). E, no momento mais aguardado da noite, Lou Gramm subiu ao palco para cantar as quatro últimas músicas do show, em um ato simbólico que representou não apenas a origem musical da banda, mas também o respeito mútuo entre artista e público.

Set List - Foreigner - São Paulo, 10 de maio de 2025

1. "Double Vision"
2. "Head Games"
3. "Cold as Ice"
4. "Waiting for a Girl Like You"
5. "That Was Yesterday"
6. "Dirty White Boy"
7. "Feels Like the First Time"
8. "Urgent"
9. Keyboard Solo
10. Drum Solo
11. "Juke Box Hero" (with Lou Gramm)
12. "Long, Long Way From Home" (with Lou Gramm)
13. "I Want to Know What Love Is" (with Lou Gramm)
14. "Hot Blooded" (with Lou Gramm)

Uma despedida inesquecível e novos planos para 2026

A noite de sábado entrou para a história tanto para os fãs quanto para os músicos do Foreigner. Um evento raro, emocionante e tecnicamente impecável (com direito a solos de teclado e bateria). Mas para aqueles que ainda sonham em ver a banda ao vivo uma última vez, há uma última chance.

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