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Ministro das Finanças da Colômbia renuncia a pedido do presidente

Placeholder - loading - Ricardo Bonilla durante entrevista à Reuters em Bogotá, Colômbia 17/09/2024 REUTERS/Luisa Gonzalez
Ricardo Bonilla durante entrevista à Reuters em Bogotá, Colômbia 17/09/2024 REUTERS/Luisa Gonzalez

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BOGOTÁ (Reuters) - O ministro da Fazenda da Colômbia, Ricardo Bonilla, renunciou ao cargo nesta quarta-feira, pouco depois de o presidente Gustavo Petro dizer que esperava que ele deixasse o cargo em meio a um escândalo de corrupção, embora tenha dito não acreditar que Bonilla tenha cometido qualquer irregularidade.

O crescente escândalo, investigado pela Procuradoria-Geral da Colômbia e outras entidades, envolve um suposto desvio de recursos de agência nacional de gerenciamento de desastres (UNGRD) e envolve diversas autoridades, incluindo um ex-ministro do Interior.

'Acho que chegou a hora de assumir minha defesa como cidadão com minha equipe jurídica, sem meu cargo público, para me concentrar no processo e evitar que qualquer dano afete a agenda pública do governo', disse Bonilla em uma carta de renúncia confirmada por um porta-voz do Ministério das Finanças.

Na carta, Bonilla disse que estava altamente confiante de que convenceria os investigadores de sua inocência.

O escândalo começou no início deste ano, quando dois ex-funcionários da UNGRD foram acusados de ligações com compras suspeitas de caminhões-tanque por 46,8 bilhões de pesos (10,5 milhões de dólares), supostamente comprados para abastecer áreas remotas da província colombiana de La Guajira com água.

A Suprema Corte convocou o ex-ministro do Interior Luis Fernando Velasco para depor, dizendo que sua investigação 'começa com a hipótese dos crimes de suborno e possível enriquecimento ilícito'.

O ex-vice-diretor da UNGRD, Sneyder Pinilla, uma das duas autoridades investigadas, disse que os ex-presidentes do Senado e da Câmara dos Deputados, Ivan Name e Andres Calle, receberam grandes somas de dinheiro para ajudar a promover as reformas sociais e econômicas do presidente no Congresso.

Tanto Name quanto Calle negam as acusações. 'Espero sua renúncia, não porque acredito que seja culpado, mas porque eles querem tirá-lo da posição de ser leal ao programa de governo e querem derrubar o governo de forma inconstitucional', havia afirmado Petro mais cedo na plataforma X. Petro vem repetidamente acusando seus inimigos políticos de tentar retirá-lo ilegalmente do poder. O Ministério das Finanças não respondeu imediatamente a um pedido de comentário. Bonilla será o segundo ministro da pasta a deixar o governo Petro, que chegou ao poder em agosto de 2022. Em abril de 2023, Petro pediu a renúncia do então ministro, José Antonio Ocampo -- substituído por Bonilla -- e de outros ministros após uma proposta de reforma do sistema de Saúde ser retida na Câmara dos Deputados. (Reportagem de Nelson Bocanegra, Oliver Griffin e Carlos Vargas)

Escrito por Reuters

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