Ministro israelense de extrema-direita apoia polícia após suposta violência em protesto
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JERUSALÉM (Reuters) - O ministro da Segurança Nacional de Israel, de extrema-direita, disse nesta quarta-feira que apoia a polícia na forma como lida com os protestos antigovernamentais e que as investigações sobre suposta violência policial são 'intrigantes'.
A pressão da coalizão religiosa-nacionalista do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu para reformar o judiciário e limitar alguns poderes da Suprema Corte causou profundas divisões na sociedade israelense, ao mesmo tempo em que desencadeou meses de protestos generalizados de rua.
As manifestações podem atrair dezenas de milhares de pessoas e multidões frequentemente bloqueiam rodovias e brigam com a polícia. Os manifestantes distribuíram vídeos, alguns divulgados pela mídia local, nos quais policiais aparentemente usam táticas pesadas para dispersar a multidão.
A Delegacia de Investigações Internas da Polícia está apurando o caso.
Nesta quarta-feira, o ministro da Segurança Nacional, Itamar Ben-Gvir, um colono judeu linha-dura na Cisjordânia com condenações anteriores por apoio ao terrorismo e incitação contra os árabes, reuniu-se com oficiais de uma unidade policial de elite e afirmou que as imagens que viu dos protestos os mostram usando 'força razoável'.
O ministro disse aos policiais para não serem dissuadidos pelos investigadores da polícia, cuja conduta ele descreveu como 'intrigante'.
Os comentários foram rapidamente repreendidos pela Procuradoria do Estado de Israel, que supervisiona a unidade de assuntos internos.
A Procuradoria emitiu um comunicado à imprensa declarando que rejeita esforços para difamar os investigadores e que o sistema de aplicação da lei continuará a agir 'de acordo com a lei, sem medo e sem preconceito'.
(Reportagem de Ari Rabinovitch)
Escrito por Reuters
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