Ministros da UE apoiam plano para reduzir dependência econômica da China
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Por Andrew Gray e Sabine Siebold
ESTOCOLMO (Reuters) - Ministros da União Europeia apoiaram estratégia de reduzir a dependência econômica do bloco em relação à China nesta sexta-feira, mas agora terão que descobrir como tornar isso uma realidade, disse o chefe da diplomacia do bloco, Josep Borrell.
Borrell disse que os ministros das Relações Exteriores deram amplo apoio a um plano para ajustar a política em relação à China, dando maior ênfase ao seu papel como rival político, ao mesmo tempo em que continuam a ver Pequim como um parceiro em questões globais e um concorrente econômico.
'Os colegas receberam bem o documento que apresentamos. Eles concordam com as linhas básicas dessa recalibração de nossa estratégia em relação à China', disse Borrell a repórteres após a reunião dos ministros em Estocolmo.
'Quando uma dependência é muito grande, é um risco', declarou.
Borrell disse que a UE precisa aprender com o 'erro estratégico' que cometeu nos anos anteriores à guerra de Moscou na Ucrânia, tornando-se muito dependente do gás russo.
Ele disse que, atualmente, a UE é ainda mais dependente da China em relação a tecnologias essenciais, como painéis solares e materiais essenciais, do que da energia russa.
''De-risking' é apenas uma palavra. Mas, por trás dessa palavra, há muito trabalho, que levará tempo, para rever todas as nossas relações econômicas com a China', disse ele.
Borrell enfatizou que o objetivo não é 'desacoplar' as economias européia e chinesa, mas reequilibrar o relacionamento.
As autoridades agora refinarão a proposta para apresentá-la aos líderes da UE, que devem discutir a China em uma cúpula em junho.
O plano é a mais recente tentativa de encontrar um equilíbrio entre as opiniões dos 27 países membros da UE, manter uma abordagem distinta da UE em relação a Pequim e preservar uma parceria próxima com Washington, que está pressionando por uma linha mais dura em relação à China.
O documento afirma que a coordenação com os Estados Unidos 'continuará sendo essencial'.
Mas diz que a UE 'não deve aderir à ideia de um jogo de soma zero, em que só pode haver um vencedor, em uma disputa binária entre EUA e China'.
Em uma carta que acompanha a proposta, Borrell disse que havia pelo menos três motivos para 'recalibrar' a política da China.
Segundo ele, esses motivos são 'o grau em que a China está mudando, com o nacionalismo e a ideologia em ascensão; o endurecimento da concorrência entre os EUA e a China, que afeta todas as áreas políticas; e o fato de que a China é um ator importante nas questões regionais e globais'.
O documento diz que a UE deve 'diversificar as fontes de suprimento em setores-chave, em particular aqueles cruciais para nossa transição ecológica e digital', como semicondutores, telecomunicações 5G e 6G, baterias, matérias-primas e minerais críticos.
Escrito por Reuters
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