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Morte de peixes gera disputa entre hidrelétrica de Sinop e órgão ambiental de MT

Placeholder - loading - Vista aérea do Rio Teles Pires REUTERS/Nacho Doce
Vista aérea do Rio Teles Pires REUTERS/Nacho Doce
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Por Luciano Costa

SÃO PAULO (Reuters) - Incidentes que levaram à morte de diversas toneladas de peixes no rio Teles Pires, em Mato Grosso, têm gerado um embate entre o órgão ambiental estadual e uma hidrelétrica que recebeu investimentos de cerca de 3,3 bilhões de reais e opera na região de Sinop há menos de dois anos.

A usina com cerca de 400 megawatts em capacidade, que tem como acionistas empresas da estatal Eletrobras e da francesa EDF, voltou a gerar esta semana por decisão judicial, após ficar parada desde setembro para obras e enquanto aguardava uma autorização da Secretaria de Estado de Meio Ambiente do Mato Grosso (Sema).

A Sinop Energia, que administra o empreendimento, disse em comunicado na última quarta-feira que retomou a produção depois de obter liminar na Justiça suspendendo os efeitos de um ofício da Sema, que já havia aplicado outras sanções anteriormente à usina, incluindo multas milionárias.

Mas o órgão ambiental disse à Reuters que o funcionamento não deveria ter sido liberado e que recorrerá da decisão.

'A Sema reitera seu posicionamento de que as manobras das comportas do vertedouro, como também dos geradores da usina hidrelétrica de Sinop, só devem ser autorizadas após serem aprovados os resultados das medidas restritivas e condicionantes implementadas para evitar novos eventos de mortandade de peixes.'

O caso ressalta os desafios recentes para o desenvolvimento da energia hidrelétrica, carro-chefe do parque gerador do país por décadas, que deve perder participação na expansão da oferta nos próximos anos, conforme o Plano Decenal 2030, o que especialistas e governo atribuem a questões ambientais e consequentes dificuldades no licenciamento de projetos.

Segundo o órgão estatal, a Sinop Energia teria apresentado à Justiça condições para retomada das operações que se baseiam 'em um cenário ideal, o que não é o caso'. A pasta também disse que a empresa não apresentou um plano de contingência capaz de mitigar impactos ambientais.

'A secretaria irá recorrer da decisão... assim que for intimada', afirmou, em nota.

O primeiro registro de morte de peixes foi feito pela Sema em fevereiro de 2019, durante enchimento do reservatório, impactando mais de 13 toneladas em animais. Na época, a pasta disse que a operação de fechamento e abertura de comportas na usina alterou a turbidez da água, o que obstruiu a respiração dos animais.

Um segundo caso levou a uma paralisação temporária na usina em março de 2020, embora com a Sinop Energia afirmando na ocasião que entendia que o incidente não tinha relação com a qualidade da água em seu reservatório.

O mais recente incidente, envolvendo 7 toneladas em peixes, foi em 15 de agosto de 2020, e rendeu nova sanção que paralisou as operações. Ele foi atribuído por parecer técnico estadual a manobras de comportas e dos hidrogeradores, que dessa vez teriam causado traumas mecânicos nos animais aquáticos, atraídos pela agitação das águas.

A Sinop Energia foi multada em 50 milhões na primeira ocasião, em 12 milhões na segunda e 36 milhões em agosto.

A empresa disse à Reuters que, depois da mais recente suspensão, foi à Justiça para retomar as operações 'pois entende que adotou todas as providências necessárias para garantir o pleno funcionamento da usina em conformidade com as leis ambientais e órgãos reguladores'.

Segundo a companhia, perícia judicial e de consultores apontou entre as causas da morte dos peixes 'a supersaturação gasosa'.

A empresa disse ainda que mantém um comitê técnico com consultores especialistas e operadores de outras hidrelétricas da Amazônia 'para avaliar situações semelhantes em busca de soluções e aprimoramento de processos'.

A Sinop Energia, que opera o empreendimento, tem como acionistas a EDF Norte Fluminense, da EDF (51%), e as estatais Eletronorte e Chesf, da Eletrobras.

Escrito por Reuters

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FOREIGNER SE DESPEDE DOS FÃS BRASILEIROS COM SHOW HISTÓRICO EM SÃO PAULO

A lendária banda Foreigner se despediu dos fãs brasileiros com um super show em São Paulo, na noite do último sábado, em uma apresentação marcada por emoção, energia e celebração. O evento, que aconteceu no Espaço Unimed, faz parte da turnê mundial de despedida do grupo e contou com a participação especial do vocalista original Lou Gramm, consolidando-se como um momento inesquecível para os fãs de rock clássico.

Como antecipado em entrevista exclusiva à Rádio Antena 1 pelo próprio Lou Gramm, a passagem pelo Brasil teria um significado especial. E assim foi: ao invés de um clima de tristeza, o que se viu foi uma verdadeira festa em homenagem ao legado de uma das maiores bandas do rock americano das décadas de 70 e 80.

Double Trouble Tour aquece o público com clássicos e surpresas

A noite começou em alto nível com a abertura da "Double Trouble Tour", projeto que reuniu os vocalistas Eric Martin (Mr. Big) e Jeff Scott Soto (Yngwie Malmsteen, Journey), acompanhados pela competente banda Spektra, formada por Leo Mancini (guitarra), Edu Cominato (bateria), BJ (teclados e vocais) e Henrique Baboon (baixo).

No repertório, sucessos das bandas pelas quais os cantores passaram, como "To Be With You" e "Wild World", do Mr. Big, além da poderosa "Separate Ways", do Journey, que permitiu a Soto mostrar toda sua força vocal. A surpresa da noite ficou por conta de uma cover intensa de "Crazy", de Seal, provando a versatilidade dos músicos em cena.

Foreigner entrega performance impecável na turnê de despedida

Após a abertura arrebatadora, foi a vez do Foreigner subir ao palco — e mostrar por que ainda é referência quando se fala em rock de arena. Com uma performance carregada de emoção e qualidade técnica, Jeff Pilson, Michael Bluestein, Bruce Watson, Chris Frazier e Luis Carlos Maldonado conduziram o público por uma viagem sonora de quase cinco décadas de história.

“Arrisco a dizer que Maldonado foi o grande destaque da noite — se isso for possível diante da qualidade técnica dos outros integrantes do grupo. Fiquei impressionado ”, comentou o jornalista João Carlos Santana, da Rádio Antena 1.

A setlist, fiel àquela apresentada em outras datas da turnê pela América Latina, incluiu todos os grandes sucessos da banda (confira abaixo). E, no momento mais aguardado da noite, Lou Gramm subiu ao palco para cantar as quatro últimas músicas do show, em um ato simbólico que representou não apenas a origem musical da banda, mas também o respeito mútuo entre artista e público.

Set List - Foreigner - São Paulo, 10 de maio de 2025

1. "Double Vision"
2. "Head Games"
3. "Cold as Ice"
4. "Waiting for a Girl Like You"
5. "That Was Yesterday"
6. "Dirty White Boy"
7. "Feels Like the First Time"
8. "Urgent"
9. Keyboard Solo
10. Drum Solo
11. "Juke Box Hero" (with Lou Gramm)
12. "Long, Long Way From Home" (with Lou Gramm)
13. "I Want to Know What Love Is" (with Lou Gramm)
14. "Hot Blooded" (with Lou Gramm)

Uma despedida inesquecível e novos planos para 2026

A noite de sábado entrou para a história tanto para os fãs quanto para os músicos do Foreigner. Um evento raro, emocionante e tecnicamente impecável (com direito a solos de teclado e bateria). Mas para aqueles que ainda sonham em ver a banda ao vivo uma última vez, há uma última chance.

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