Mortes por coronavírus ultrapassam epidemia de 2002
A quantidade de vítimas fatais já é maior do que a da epidemia da Sars, também causada por um coronavírus
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Subiu para 909 o número de mortes pelo novo coronavírus, na China. A maior parte dos óbitos foi registrada na província de Hubei, na capital Wuhan.
De acordo com autoridades chinesas, a quantidade de vítimas fatais já é maior do que a da epidemia da Sars - Síndrome Respiratória Aguda também causada por um coronavírus, em 2002.
Mais de 40 mil casos de infecção pelo vírus foram confirmados no país asiático. No entanto, 3.283 infectados já se recuperaram. Uma pessoa também morreu devido ao novo coronavírus nas Filipinas.
Os óbitos registrados tiveram um aumento de 97, somente, nesse último domingo (09). Esse foi o recorde de mortes em um único dia desde que o surto foi detectado. No entanto, o número de novos casos segue estável.
De acordo com a direção geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), 99% dos casos relatados de 2019-nCoV estão na China, e a maioria dos casos é leve. Desse total, cerca de 2% das infecções são fatais.
Ainda segundo dados da OMS, há outros 319 casos confirmados da doença em outros 24 países.
Como o número de transmissões deu uma trégua e ficou na casa dos 40 mil infectados, os chineses já estão voltando à rotina.
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'Diamond Dreams'
O número de pessoas infectadas no cruzeiro "Diamond Princess" subiu para 135, ou seja, quase 4% dos passageiros foram contaminados com o 2019-nCoV. No total, 3.700 pessoas estão a bordo.
A embarcação se encontra parada no porto de Yokohama, durante o período de quarentena. Os passageiros diagnosticados com a doença estão sendo retirados do navio para receberem cuidados médicos em terra.
De acordo com a operadora do cruzeiro, Princess Cruises, 45 japoneses e 11 norte-americanos estão entre os novos casos de coronavírus no navio. Dentre eles, 5 são funcionários.
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Coronavírus no Brasil
Caiu para 7 o número de casos suspeitos de novo coronavírus no Brasil. Até agora, 32 suspeitas já foram descartadas. De acordo com o Ministério da Saúde, São Paulo tem três casos sob investigação.
Também há pacientes sendo monitorados nos estados de Minas Gerais, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e Paraná.
Após avaliação feita pelo Ministério da Saúde, o governo divulgou um boletim informando que os 34 brasileiros repatriados da China e os 24 membros da tripulação, que realizou o resgate, não possuem sintomas de coronavírus.
Foram retiradas amostras do nariz e da garganta de todas as 58 pessoas que estavam no avião. O grupo será monitorado e terá os sinais vitais e temperatura medidos três vezes ao dia, durante o período de isolamento.
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Epidemia Sars
O novo coronavírus bateu recorde de mortes em relação a epidemia que marcou os anos de 2002 e 2003, a Sars - Síndrome Respiratória Aguda. Considerada mais grave que o 2019-nCoV, a Sars também foi causada por um coronavírus de espécie mais aguda.
Os sintomas eram bem parecidos com o de uma gripe: febre, calafrios, dores musculares e de cabeça. A transmissão ocorria através do contato de pessoa para pessoa ou, por meio, de gotículas expelidas pela tosse ou espirro de um paciente contaminado.
O tratamento era possível, porém, a doença chegava a matar 10% das pessoas infectadas.
Assim, como o novo surto de 2020, a Síndrome Respiratória de 18 anos atrás também se iniciou na China. A epidemia somou cerca de 800 mortes e atingiu mais de 8 mil pessoas em todas as partes do mundo.
Até hoje, não se sabe qual a origem da enfermidade. No entanto especialistas acreditam que a Sars tenha sido provocada por gatos de algália - um tipo de gato selvagem africano.
Os felinos são considerados uma iguaria gastronômica na China. Porém, é possível que antes do alimento ser vendido aos mercados, os animais tenham sido infectados por morcegos.
Desde 2004, não há registos de novos casos da doença.
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