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MPF cobra ministérios e Inpe que provem que dados de medição de desmatamento não são confiáveis

Placeholder - loading - Raquel Dodge participa de reunião em Brasília 7/12/2017 REUTERS/Adriano Machado
Raquel Dodge participa de reunião em Brasília 7/12/2017 REUTERS/Adriano Machado
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Por Ricardo Brito

BRASÍLIA (Reuters) - O coordenador do Grupo de Trabalho de Mudanças Climáticas da Câmara de Meio Ambiente do Ministério Público Federal cobrou nesta sexta-feira dois ministérios do governo do presidente Jair Bolsonaro e o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), que provem que os dados de medição do desmatamento e de queimadas no Brasil apresentados pelo órgão não são confiáveis.

Os ofícios do procurador Luís Eduardo Marrocos de Araújo foram endereçados aos ministérios do Meio Ambiente e de Ciência e Tecnologia, na pessoa do segundo da hierarquia das pastas (secretários-executivos), e do novo diretor do Inpe, Darcton Policarpo Damião.

Críticas feitas por Bolsonaro sobre os métodos do instituto, que apontou aumento no desmatamento desde o início do atual governo, levaram à queda do então presidente do órgão, o cientista Ricardo Galvão, no último dia 2 de agosto.

Nos ofícios enviados aos ministérios e ao instituto, o MPF solicita que sejam descritos, caso realmente existam, os fatos que teriam provocado falhas no sistema de monitoramento de desmatamento na Amazônia, indicando o período em que ocorreram, o alcance das distorções provocadas, bem como as medidas que estão sendo ou que serão adotadas para a correção das supostas distorções do sistema.

Caso o governo não tenha elementos para provar que os dados do Inpe não são fidedignos, o MPF questiona se, então, os dados são fidedignos. Caso o governo insista que os dados não são confiáveis, o procurador pede que as pastas e o Inpe justifiquem sua resposta. O MPF deu 10 dias para que o governo responda.

Além desses órgãos, o MPF também questionou a atuação de ministérios do governo a respeito das mudanças climáticas, como o das Minas e Energia e o da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.

Segundo o procurador, é essencial o fornecimento de informações precisas, claras e suficientes sobre a sua gestão e conservação. 'Daí a necessidade de que as informações sobre desmatamento sejam continuamente prestadas de forma técnica, científica e livre de ingerências decorrentes de interesses políticos ou econômicos', disse.

'É esse o objetivo do MPF ao solicitar esclarecimentos acerca dos dados que vêm sendo apresentados a público pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais sobre o desmatamento e queimadas na Amazônia”, completou.

O objetivo da apuração é saber o que o governo está fazendo para cumprir a Lei de Política Nacional sobre Mudança do Clima, de 2009; o Acordo de Paris, ratificado pelo Poder Executivo em 2017; e, em especial, o compromisso do Brasil com as Nações Unidas sobre Mudança do Clima, assinado em setembro de 2015, no qual o país fixou suas metas de redução da emissão de gases do efeito estufa para os próximos anos.

PUNIR CULPADOS

Mais cedo, a procuradora-geral da República, Raquel Dodge, afirmou que o Ministério Público Federal trata como prioridade a apuração e a punição de quem tem causado incêndios na Amazônia, classificando a situação como uma tragédia e um crime de incendiar esse patrimônio da humanidade.

'O assunto está sendo tratado com prioridade, com ênfase pelo Ministério Público Federal e seguirá assim até que nós descubramos quem causou esse incêndio, possamos puni-los, mas também promover medidas necessárias para conter o incêndio e preservar a floresta desse mecanismo pernicioso e ilícito de desmatamento, de destruição da Floresta Amazônica', disse Dodge, durante evento que reúne os chefes dos Ministérios Públicos do Mercosul, em Salvador (BA).

A chefe do MPF disse que há cerca de um ano e meio criou uma Força-Tarefa da Amazônia, composta por integrantes da instituição que atuam na região para acompanhar questões referentes à localidade. Disse que, na véspera do encontro, manteve contatos com os procuradores do grupo e seu gabinete também tem trocado informações com a Câmara do Meio Ambiente, outro órgão da instituição responsável por acompanhar ações do setor.

'São atuações do Ministério Público que precisam ser feitas rapidamente e dar respostas', afirmou.

'Esse é um fato muito ruim para o Brasil, para nossa nação e também para o mundo porque a Amazônia é um bem muito importante para o planeta e (gostaria de) afirmar que os membros do Ministério Público brasileiro estão todos devotados a investigar quem causou e quem está causando esses incêndios, provocar as investigações e também as medidas de proteção para que o incêndio seja contido e a floresta, preservada', reforçou.

Na véspera, o MPF no Pará abriu investigações em três municípios e na capital do Estado para apurar a diminuição de fiscalizações ambientais na região, a ausência da Polícia Militar estadual no apoio às equipes de fiscalização e o anúncio, veiculado em um jornal, convocando fazendeiros para promoverem um “Dia do Fogo”, na semana passada.

Procuradores da República em Santarém, Itaituba, Altamira e Belém apuram a relação entre a redução da fiscalização ambiental e o crescimento, registrado em dados oficiais do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), de 50% no desmatamento e de 70% nas queimadas.

Escrito por Reuters

Últimas Notícias

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SHOWS DE NORAH JONES NO BRASIL CELEBRAM BOA FASE DA CANTORA

Prestes a iniciar sua quinta passagem pelo Brasil, Norah Jones vive um dos momentos mais inspirados de sua carreira. Após conquistar o Grammy de Melhor Álbum Vocal Pop Tradicional com Visions, lançado em março de 2024, a artista reafirma seu espaço como uma das vozes mais singulares e consistentes da música contemporânea.

Norah Jones vive novo auge criativo com “Visions”

Produzido em parceria com Leon Michels, Visions apresenta uma fusão elegante de jazz contemporâneo, soul e baladas suaves, reafirmando o estilo inconfundível de Norah. Entre as faixas mais ouvidas nas plataformas de streaming estão “Running”, “Staring at the Wall” e “Paradise”, que estarão no repertório da turnê.

Além do novo álbum, Norah Jones também se destacou recentemente com seu podcast Playing Along, onde conversa com músicos sobre criação artística. O projeto vem ampliando sua base de fãs e aproximando a artista de um público mais jovem, sem perder a essência que marcou sua trajetória desde o sucesso de Come Away With Me (2002).

A herança musical familiar

Filha do lendário músico indiano Ravi Shankar, Norah carrega uma herança musical diversa e profundamente enraizada em tradições do mundo todo. Embora tenha seguido um caminho distinto ao do pai, seu domínio do piano, sua habilidade como compositora e sua busca por autenticidade refletem uma sensibilidade herdada e cultivada ao longo da vida.

A relação de Norah Jones com o Brasil

A conexão da artista com o Brasil vai além da música. Sua mãe, a produtora e dançarina Sue Jones, morou no Rio de Janeiro durante os anos 1960, período em que teve contato próximo com a cena artística brasileira e desenvolveu um forte apreço pela cultura local — algo que Norah cresceu ouvindo em casa e que influencia sua visão musical até hoje. Essa forte relação emocional tem sido parte da experiência da artista com o público local.

“Sinto que o público brasileiro escuta com o coração”, disse Norah em recente entrevista. “Sempre me emocionei aqui.”

Um novo reencontro com os fãs brasileiros

Norah retorna ao país com apresentações marcadas em São Paulo, Rio de Janeiro e Curitiba, celebrando não apenas seu novo trabalho, mas também o reencontro com um público que a acompanha desde os tempos de Come Away With Me, seu icônico álbum de estreia de 2002.

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