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Não há Dia da Mulher em Gaza, dizem mães de crianças famintas

Placeholder - loading - Mulher em barraca em Rafah, sul de Gaza  6/3/2024   REUTERS/Mohammed Salem

Mulher em barraca em Rafah, sul de Gaza 6/3/2024 REUTERS/Mohammed Salem

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Por Nidal al-Mughrabi

(Reuters) - Dia da Mulher? Em uma barraca em Rafah, onde Um Zaki disse que estava fervendo mingau em fogo aberto para matar a fome de seus seis filhos, a data passou como uma piada cruel.

'Agora, todos os nossos dias parecem iguais. Os dias de festas, ocasiões felizes, comida gostosa, risadas e esperança se foram por causa da guerra', afirmou ela à Reuters por telefone. 'O que é o Dia da Mulher? Estamos sendo privadas dos direitos mínimos, estamos sendo privadas de viver. Todos os dias, mulheres morrem pelas bombas israelenses.'

O Dia Internacional da Mulher, 8 de março, é normalmente um grande feriado público nos territórios palestinos, quando as famílias de Gaza vestem suas melhores roupas e se reúnem em hotéis e restaurantes para celebrar suas mães, filhas e irmãs.

Agora, com os 2,3 milhões de habitantes de Gaza quase todos desabrigados e todos lutando pela sobrevivência, era doloroso até mesmo pensar nessas coisas.

Em um dia em que ela normalmente usaria maquiagem, seu rosto agora estava manchado com fuligem do fogo de cozinha ao ar livre, disse Um Zaki. Ela começou a contar que sua roupa íntima estava pendurada em um varal do lado de fora da tenda para que todos pudessem ver. Outra mulher perto dela gritou ao telefone: 'Dia da Mulher! Não existe Dia da Mulher em Gaza. Em Gaza, estamos perto do Dia do Juízo Final por causa de Israel!'

Em uma declaração para marcar o feriado, o Ministério da Saúde de Gaza disse que 60.000 mulheres grávidas no enclave estavam sofrendo de desidratação e desnutrição.

'Cinco mil mulheres grávidas dão à luz todos os meses em Gaza em meio a condições adversas, inseguras e insalubres devido ao bombardeio e ao deslocamento', segundo comunicado.

Autoridades de saúde em Gaza afirmam que quase 9.000 das 30.878 pessoas confirmadas como mortas na ofensiva israelense eram mulheres, e outras 13.000 eram crianças de ambos os sexos. Acredita-se que muitos outros milhares estejam mortos sob os escombros.

Com a fome aguda que agora se espalha pelo enclave e praticamente nenhum alimento disponível, as mães e as crianças pequenas são as mais vulneráveis.

Embora a crise ainda não tenha durado o suficiente para que a inanição mate grande número associado à fome, já é a emergência de fome mais generalizada já testemunhada pelo IPC, um órgão internacional encarregado de avaliar a fome.

O IPC informou no mês passado que Gaza estava passando pela 'maior proporção de pessoas que enfrentam altos níveis de insegurança alimentar aguda que o IPC já classificou em qualquer área ou país'.

A agência de ajuda palestina da ONU, UNRWA, observou no X que o número de mortos significava que 63 mulheres estavam sendo mortas em Gaza, em média, por dia, 37 delas mães.

As Forças Armadas israelenses afirmam que fazem todo o possível para minimizar os danos aos civis e acusam o Hamas de usar civis como escudos humanos.

Israel diz que não está limitando a entrada de ajuda em Gaza e culpa as agências da ONU encarregadas de distribuir a ajuda pelas deficiências. Elas dizem que não podem fazer isso em uma zona de guerra onde a administração civil entrou em colapso, e que as tropas israelenses que patrulham Gaza têm o dever de garantir a entrega segura de alimentos.

Escrito por Reuters

Últimas Notícias

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SHOWS DE NORAH JONES NO BRASIL CELEBRAM BOA FASE DA CANTORA

Prestes a iniciar sua quinta passagem pelo Brasil, Norah Jones vive um dos momentos mais inspirados de sua carreira. Após conquistar o Grammy de Melhor Álbum Vocal Pop Tradicional com Visions, lançado em março de 2024, a artista reafirma seu espaço como uma das vozes mais singulares e consistentes da música contemporânea.

Norah Jones vive novo auge criativo com “Visions”

Produzido em parceria com Leon Michels, Visions apresenta uma fusão elegante de jazz contemporâneo, soul e baladas suaves, reafirmando o estilo inconfundível de Norah. Entre as faixas mais ouvidas nas plataformas de streaming estão “Running”, “Staring at the Wall” e “Paradise”, que estarão no repertório da turnê.

Além do novo álbum, Norah Jones também se destacou recentemente com seu podcast Playing Along, onde conversa com músicos sobre criação artística. O projeto vem ampliando sua base de fãs e aproximando a artista de um público mais jovem, sem perder a essência que marcou sua trajetória desde o sucesso de Come Away With Me (2002).

A herança musical familiar

Filha do lendário músico indiano Ravi Shankar, Norah carrega uma herança musical diversa e profundamente enraizada em tradições do mundo todo. Embora tenha seguido um caminho distinto ao do pai, seu domínio do piano, sua habilidade como compositora e sua busca por autenticidade refletem uma sensibilidade herdada e cultivada ao longo da vida.

A relação de Norah Jones com o Brasil

A conexão da artista com o Brasil vai além da música. Sua mãe, a produtora e dançarina Sue Jones, morou no Rio de Janeiro durante os anos 1960, período em que teve contato próximo com a cena artística brasileira e desenvolveu um forte apreço pela cultura local — algo que Norah cresceu ouvindo em casa e que influencia sua visão musical até hoje. Essa forte relação emocional tem sido parte da experiência da artista com o público local.

“Sinto que o público brasileiro escuta com o coração”, disse Norah em recente entrevista. “Sempre me emocionei aqui.”

Um novo reencontro com os fãs brasileiros

Norah retorna ao país com apresentações marcadas em São Paulo, Rio de Janeiro e Curitiba, celebrando não apenas seu novo trabalho, mas também o reencontro com um público que a acompanha desde os tempos de Come Away With Me, seu icônico álbum de estreia de 2002.

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