Não houve reivindicação por bombas enviadas ao Reino Unido, diz polícia britânica
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LONDRES (Reuters) - A polícia britânica não recebeu nenhuma reivindicação de responsabilidade por três pequenas bombas enviadas a dois aeroportos e a uma importante estação ferroviária de Londres na terça-feira, disse um funcionário de alto escalão do setor de combate ao terrorismo.
Ninguém foi ferido pelos dispositivos, um dos quais causou um pequeno incêndio em um prédio de escritórios no aeroporto de Heathrow. Os outros dois foram enviados para o Aeroporto da Cidade de Londres e para a estação de trem de Waterloo, o centro ferroviário mais movimentado de Londres. Nenhum dos dispositivos causou qualquer interrupção nos serviços.
Dean Haydon, coordenador nacional sênior de policiamento antiterrorista, disse que não pode descartar a possibilidade de mais dispositivos desse tipo, que ele descreveu como pequenos e não projetados para matar.
'No momento, não há nada que indique motivação, remetente e ideologia', disse ele a repórteres na quarta-feira.
'Nós não sabemos quem os enviou - não estamos fazendo nenhum julgamento no momento se está vinculado ao terrorismo relacionado à Irlanda do Norte.'
Os pacotes foram postados na Irlanda, de acordo com uma fonte do governo europeu, e o serviço policial irlandês está ajudando na investigação.
Haydon disse que a embalagem e os selos de todos os três eram os mesmos. Eles não continham mais nada além dos dispositivos e, embora pequenos, quem quer que os construísse teria conhecimento de como fabricar um dispositivo incendiário.
'Por isso, tem um certo grau de sofisticação', disse ele em uma coletiva de segurança.
O conflito sobre a província da Irlanda do Norte, governada pelos britânicos, custou milhares de vidas desde o final dos anos 1960 até o acordo de paz da Sexta-Feira Santa em 1998, principalmente na Irlanda do Norte, mas também no Reino Unido e na Irlanda.
Pequenos grupos que se opõem ao acordo realizado na sexta-feira santa permanecem ativos desde então.
(Reportagem de Michael Holden)
((Tradução Redação Rio de Janeiro, +5521 2223 7141)) REUTERS DM ES
Escrito por Thomson Reuters
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