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Navalny estava perto de ser libertado em troca de prisioneiros, diz aliada

Placeholder - loading - Homenagem a Alexei Navalny em Kappara, Malta  19/2/2024   REUTERS/Darrin Zammit Lupi
Homenagem a Alexei Navalny em Kappara, Malta 19/2/2024 REUTERS/Darrin Zammit Lupi

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MOSCOU (Reuters) - O político oposicionista russo Alexei Navalny estava perto de ser libertado em uma troca de prisioneiros quando morreu, disse Maria Pevchikh, uma aliada de Navalny, nesta segunda-feira, repetindo sua alegação de que o presidente Vladimir Putin mandou matá-lo.

Falando no YouTube, Pevchikh declarou que as negociações sobre a troca de Navalny e dois cidadãos norte-americanos não identificados por Vadim Krasikov, um assassino do serviço de segurança russo FSB preso na Alemanha, estavam em seus estágios finais no momento da morte.

Navalny, de 47 anos, morreu em uma colônia penal no Ártico em 16 de fevereiro. O Kremlin negou que a Rússia tivesse qualquer envolvimento em sua morte. O atestado de óbito de Navalny declarou que ele morreu de causas naturais, de acordo com seus apoiadores.

Pevchikh não citou os nomes dos dois cidadãos norte-americanos que estavam para ser trocados com Navalny. Mas os Estados Unidos disseram que estão tentando o retorno de Evan Gershkovich, repórter do Wall Street Journal, e Paul Whelan, ex-fuzileiro naval dos EUA.

'Alexei Navalny poderia estar sentado nesta cadeira agora mesmo, hoje mesmo. Isso não é uma figura de linguagem, poderia e deveria ter acontecido', disse Pevchikh.

'Navalny deveria sair nos próximos dias, porque já tínhamos uma decisão sobre sua troca. No início de fevereiro, Putin recebeu a proposta de trocar o assassino, o oficial do FSB Vadim Krasikov, que está cumprindo pena por um assassinato em Berlim, por dois cidadãos americanos e Alexei Navalny.'

Pevchikh afirmou que teve a confirmação de que as negociações para a troca estavam em seus estágios finais na noite de 15 de fevereiro.

Navalny, segundo ela, foi morto um dia depois porque Putin não podia tolerar a ideia de que ele estivesse livre.

Pevchikh disse que os aliados de Navalny estavam trabalhando desde o início da guerra da Ucrânia em um plano para tirá-lo da Rússia como parte de uma troca de prisioneiros envolvendo 'espiões russos em troca de prisioneiros políticos'.

Ela contou que eles fizeram esforços desesperados e tentaram encontrar intermediários, chegando até mesmo a abordar o falecido Henry Kissinger, mas disse que os governos ocidentais não conseguiram demonstrar a vontade política necessária.

'As autoridades, americanas e alemãs, acenaram com a cabeça em sinal de compreensão. Eles relataram como era importante ajudar Navalny e os prisioneiros políticos, apertaram as mãos, fizeram promessas e não fizeram nada.'

(Reportagem de Filip Lebedev e Andrew Osborn)

Escrito por Reuters

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