Nova chefe da Vodafone planeja corte de custos com 11 mil demissões
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Por Paul Sandle e Sarah Young
LONDRES (Reuters) - A nova presidente-executiva da Vodafone Margherita Della Valle disse que cortará 11 mil empregos ao longo de três anos para ajudar o grupo de telecomunicações a recuperar sua vantagem competitiva após a empresa alertar que um fraco desempenho em seu maior mercado, a Alemanha, afetará o fluxo de caixa.
As ações da companhia, que teve desempenho inferior aos rivais em muitos de seus principais mercados europeus, caíram para uma mínima desde o início de janeiro e eram negociadas em baixa de 5,5%.
As demissões em massa são as maiores da história da Vodafone, que emprega 90 mil pessoas diretamente na Europa e na África.
Della Valle começou a cortar empregos quando assumiu o comando no início do ano, visando as operações centrais da empresa em Londres. Os novos cortes serão distribuídos em seus mercados, assim como mais reduções no centro, disse ela a repórteres.
A queda do preço das ações nesta terça-feira provavelmente foi devido à previsão de um fluxo de caixa de 3,3 bilhões de euros neste ano fiscal, abaixo dos 4,8 bilhões de euros no ano até o final de março de 2023, disse ela, enquanto os analistas esperavam 3,6 bilhões de euros.
A Vodafone reportou uma queda de 1,3% nos ganhos centrais do grupo, para 14,7 bilhões de euros no ano, ficando aquém de suas próprias projeções.
A Etisalat, empresa de telecomunicações dos Emirados, adquiriu uma participação de 14,6% na Vodafone e o bilionário francês das telecomunicações Xavier Niel, que concorre com a Vodafone na Itália, e a Liberty Global, sua parceira na Holanda, também são investidores.
Os analistas disseram que todos os três estão posicionados para qualquer venda das operações da Vodafone.
Ao traçar seu plano estratégico, Della Valle disse que maximizará o potencial dos clientes empresariais, uma força de longa data da Vodafone, enquanto se concentra em aspectos básicos, como atendimento ao cliente, para os consumidores.
A Vodafone já começou a cortar empregos em mercados importantes, eliminando mil postos na Itália este ano, enquanto uma reportagem da mídia disse que a empresa pretende cortar cerca de 1.300 na Alemanha.
((Tradução Redação São Paulo))
REUTERS BC PVB
Escrito por Reuters
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