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Nova era para UE e América Latina é ofuscado por disputas sobre guerra na Ucrânia

Placeholder - loading - Lula, Macron e outros líderes latino-americanos se reúnem às margens da cúpula UE-Celac 17/07/2023 EMMANUEL DUNAND/Pool via REUTERS
Lula, Macron e outros líderes latino-americanos se reúnem às margens da cúpula UE-Celac 17/07/2023 EMMANUEL DUNAND/Pool via REUTERS
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Por Andrew Gray e Marine Strauss

BRUXELAS (Reuters) - Líderes europeus, latino-americanos e caribenhos proclamaram uma nova era de maior cooperação política e econômica nesta terça-feira, mas sua cúpula foi ofuscada por disputas sobre como lidar com a guerra da Rússia na Ucrânia.

A reunião de cerca de 50 líderes das três regiões em Bruxelas teve como objetivo revitalizar suas relações enquanto a UE busca renovar suas alianças internacionais em resposta à invasão da Ucrânia pela Rússia e um crescente sentimento de cautela em relação à China.

“É uma página promissora e otimista que se abre nas relações entre América Latina, Caribe e União Européia”, afirmou Charles Michel, presidente do Conselho Europeu, que reúne os líderes nacionais da UE.

Mas embora os líderes na cúpula tenham declarado que compartilham valores comuns, como a democracia, os direitos humanos e o Estado de direito, suas disputas sobre a guerra na Ucrânia destacaram diferenças em uma questão de suma importância para a Europa.

Autoridades da UE esperavam que a cúpula com a Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac) deplorasse claramente a Rússia por invadir seu vizinho em fevereiro do ano passado. Mas a declaração final não mencionou a Rússia.

O comunicado expressa 'profunda preocupação com a guerra em curso contra a Ucrânia' e diz que a guerra está causando imenso sofrimento humano, restringindo o crescimento, aumentando a inflação, interrompendo as cadeias de abastecimento e aumentando a insegurança energética e alimentar.

Mesmo esse teor foi forte demais para a Nicarágua, governada pelo ex-guerrilheiro esquerdista Daniel Ortega.

O comunicado especificava que um país discordou de um parágrafo da declaração. Autoridades disseram que se referia à Nicarágua e ao parágrafo sobre a Ucrânia.

O presidente argentino, Alberto Fernández, insistiu que a cúpula era muito mais do que a guerra, abordando questões como mudanças climáticas, comércio e uso justo dos recursos naturais.

Ele também lembrou que muitos países latino-americanos criticaram a Rússia pela invasão.

'É claro que houve vozes diferentes, mas não era o item principal da nossa agenda', disse ele a repórteres. 'Não é que a América Latina relutasse em falar contra a guerra na Ucrânia, nós fizemos isso nas Nações Unidas', acrescentou.

Ralph Gonsalves, primeiro-ministro de São Vicente e Granadinas, repetiu esse ponto. Mas ele também disse que o Ocidente precisa entender as acusações de hipocrisia em sua posição sobre a Ucrânia.

'Historicamente, tivemos muitas atividades de grandes potências contra países menores e mais pobres - países menos poderosos', disse ele, citando experiências na América Latina e no Caribe.

Os esforços da UE para intensificar a cooperação com a América Latina refletem um esforço para buscar novas fontes de energia e matérias-primas críticas à medida que isola a Rússia e diversifica suas cadeias de abastecimento para ser menos dependente da China.

(Reportagem adicional de Catarina Demony, Belen Carreno e Sarah Morland)

Escrito por Reuters

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Placeholder - loading - Imagem da notícia DUA LIPA E OUTROS ARTISTAS BRITÂNICOS EXIGEM PROTEÇÃO CONTRA IA

DUA LIPA E OUTROS ARTISTAS BRITÂNICOS EXIGEM PROTEÇÃO CONTRA IA

Em 2025, a preocupação com o uso não autorizado da inteligência artificial (IA) para treinar modelos baseados em obras protegidas por direitos autorais tomou o centro do debate cultural. Um movimento liderado por mais de 400 artistas britânicos, entre eles Dua Lipa, Elton John, Paul McCartney, Coldplay, Kate Bush e Ian McKellen, exigiu que o governo do Reino Unido reformule suas legislações de proteção intelectual.

A carta aberta enviada ao primeiro-ministro britânico Keir Starmer representa uma ofensiva histórica por maior transparência e regulamentação no uso de conteúdos criativos pela IA, especialmente por grandes empresas de tecnologia.

“Estamos profundamente preocupados com a ameaça existencial que a IA não regulada representa para a música, o cinema e todas as formas de arte criativa” — afirma o trecho principal do documento divulgado em maio.

A polêmica do treinamento de IA com obras protegidas

Os artistas pedem transparência quanto aos materiais utilizados no treinamento de sistemas de IA, como músicas, roteiros, livros e performances, muitos deles com copyright. A carta apoia uma emenda ao projeto Data (Use and Access) Bill, proposta pela baronesa Beeban Kidron, que obrigaria as empresas a revelarem as obras utilizadas para treinar IA.

“A criatividade humana precisa de proteção, não apenas para os grandes nomes, mas para todos os que vivem de sua arte” — destacou a baronesa Kidron ao Financial Times.

Protestos silenciosos e decisões legais reforçam a pressão

A mobilização ganhou ainda mais força com o lançamento do álbum de protesto “Is This What We Want?”, composto por faixas silenciosas de mais de 1.000 músicos britânicos. A ideia foi criar uma metáfora sobre a apropriação indevida do silêncio e protestar contra a coleta de dados criativos sem consentimento.

Nos Estados Unidos, o Escritório de Direitos Autorais (U.S. Copyright Office) estabeleceu que obras geradas inteiramente por IA não podem ser protegidas por copyright, a menos que envolvam participação humana substancial.

“A autoria humana continua sendo o pilar do direito autoral” — afirmou Shira Perlmutter, ex-chefe do Copyright Office dos EUA, em nota oficial.

Além disso, em março de 2025, um tribunal federal dos EUA reafirmou essa diretriz, negando a proteção de direitos a imagens criadas exclusivamente por IA.

Elton John e Paul McCartney se posicionam

A mobilização não tem sido silenciosa nos bastidores. Elton John declarou ao The Guardian:

“É inaceitável que as empresas de tecnologia explorem nossa música sem sequer pedir permissão. Estamos falando da essência do nosso trabalho.”

Paul McCartney, por sua vez, lembrou dos impactos emocionais da música:

“A arte não é apenas dados, é emoção. Não podemos permitir que algoritmos substituam histórias de vida.”

A arte pede socorro

A batalha por regulamentação justa da inteligência artificial na indústria criativa está apenas começando, mas já demonstra que os artistas não aceitarão passivamente que suas obras sejam usadas sem compensação ou consentimento.

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