Número de mortos sobe para 40 após transbordamento de lago glacial no Himalaia indiano
Publicada em
KOLKATA/NOVA DÉLHI (Reuters) - Pelo menos 40 pessoas foram mortas depois que um lago glacial transbordou e provocou inundações repentinas nesta semana no Himalaia indiano, disseram autoridades governamentais à Reuters nesta sexta-feira, enquanto as equipes de resgate procuravam dezenas de desaparecidos pelo segundo dia.
O lago Lhonak, no Estado montanhoso de Sikkim, no nordeste do país, transbordou na quarta-feira, depois que chuvas torrenciais e uma aparente avalanche causaram grandes inundações no rio Teesta.
Esse é um dos piores desastres na região em mais de 50 anos e o mais recente de uma série de eventos climáticos extremos que têm causado danos generalizados no Himalaia, no sul da Ásia, nos últimos anos, atribuídos pelos cientistas às mudanças climáticas.
As autoridades de Sikkim disseram que o mais recente desastre, que ocorreu antes de uma popular temporada de festas e turismo no Estado, afetou a vida de 22 mil pessoas.
'Recebemos telefonemas de pessoas informando que o nível do rio poderia subir às 3h da manhã e corremos para salvar nossas vidas', disse Javed Ahmed Ansari, de 44 anos, morador do vale do Teesta.
'Corremos em direção à colina na selva... Vimos casas sendo arrastadas. Agora só consigo ver o primeiro andar de nossa casa, que está cheio de areia, e tudo está submerso.'
Cientistas e autoridades governamentais estavam trabalhando em um sistema de alerta antecipado para inundações glaciais no lago Lhonak, o que poderia ter dado às pessoas mais tempo para retirada se estivesse totalmente operacional, disseram à Reuters as autoridades envolvidas no projeto.
As autoridades de Sikkim haviam registrado 18 mortes na noite de quinta-feira. Autoridades do Estado vizinho de Bengala Ocidental disseram à Reuters que as equipes de emergência recuperaram outros 22 corpos que foram levados pela água.
Estima-se que 75 pessoas ainda estejam desaparecidas.
Cerca de 2.400 pessoas foram retiradas até o momento e 7.600 pessoas estavam em acampamentos de ajuda, disse uma autoridade estadual. Instituições privadas e governamentais foram fechadas na área até 15 de outubro.
(Por Subrata Nag Choudhury e Aftab Ahmed)
Escrito por Reuters
SALA DE BATE PAPO