O câncer de pâncreas neuroendócrino é silencioso, mas há tratamento
Apesar de evoluir de forma lenta, o diagnóstico é mais difícil porque os sintomas são pouco específicos.
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Nesta semana, a cantora Aretha Frankling morreu por conta de um câncer de pâncreas neuroendócrino em estágio avançado. A doença, rara e de difícil diagnóstico, também acometeu Steve Jobs.
Este tipo de tumor maligno surge em um dos principais tipos de células do pâncreas: as ilhotas pancreáticas. Elas são responsáveis pela produção de hormônios como a insulina e glucagon (que atuam no metabolismo do açúcar no organismo e regulam seus níveis no sangue) e a gastrina, que estimula a secreção de ácido clorídrico e enzimas pelo estômago.
Segundo a American Cancer Society, organização americana sem fins lucrativos dedicada ao combate do câncer, os tumores neuroendócrinos representam apenas 5 por cento dos casos de câncer no pâncreas. A doença acomete cerca de 1 em cada 100 mil pessoas por ano.
No caso do tumor classificado como “funcionante”, níveis baixos de açúcar no sangue, diabetes e úlceras podem ser sintomas, já que a doença faz com que sejam produzidas quantidades anormais de hormônios. Já os “não funcionantes” não desregulam a produção hormonal, e os sintomas são diarreia, indigestão, protuberância e dor abdominal e icterícia na pele e nos olhos, que surgem conforme o tumor cresce e se espalha.
O câncer pode ser identificado através de exames físicos, laboratoriais e de imagem e biópsia – mas o diagnóstico não é fácil, já que a doença é rara e apresenta sintomas pouco específicos, e costuma ser feito de cinco a dez anos após o surgimento do tumor.
A boa notícia é que há tratamento, e o tipo dele vai depender da possibilidade do tumor ser totalmente removido cirurgicamente ou não. A extração basta na maioria dos casos, de acordo com a Cancer Society, exigindo um monitoramento para verificar sinais de que o câncer possa ter voltado ou se espalhado. Se a remoção total não for possível, são indicadas a quimioterapia e outras drogas específicas.
Ele é raro, mas evolui de forma lenta, o que permite um tempo maior de sobrevida dos pacientes em comparação com o câncer de pâncreas mais comum.
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