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Obesidade e hiperglicemia têm papel crescente em problemas de saúde, diz estudo

Placeholder - loading - Evento do Dia Mundial da Obesidade em Bruxelas, na Bélgica 06/03/2024 REUTERS/Yves Herman
Evento do Dia Mundial da Obesidade em Bruxelas, na Bélgica 06/03/2024 REUTERS/Yves Herman

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Por Jennifer Rigby

LONDRES (Reuters) - A obesidade, a hiperglicemia, a hipertensão e outros problemas metabólicos levam a quase 50% mais anos de vida saudável perdidos por doenças ou morte prematura do que em 2000, mostrou nesta quinta-feira um importante estudo internacional. No mesmo período, o número de anos perdidos devido a fatores associados à má nutrição para mães e crianças caiu 71,5%. O Estudo da Carga Global de Doenças, Lesões e Fatores de Risco 2021, publicado nesta quinta-feira no The Lancet, usou dados de 204 países e territórios para identificar as principais causas mundiais de doenças e morte precoce. Estes são medidos em anos de vida ajustados por incapacidade, ou “DALYs”. Os dados mostraram uma clara mudança nos desafios de saúde globais, conforme as populações envelhecem e os estilos de vida mudam, informaram os autores, embora a poluição do ar tenha se mantido como o maior fator de risco tanto em 2000 quanto em 2021. Os autores também salientaram que os resultados não são uniformes. A má nutrição permanece como um grande fator de risco na África sub-Saariana, por exemplo. A saúde deteriorada entre pessoas de 15 e 49 anos em todo o mundo foi crescentemente atribuída a um alto IMC (Índice de Massa Corporal) e à hiperglicemia, dois fatores de risco para o desenvolvimento do diabetes. “Tendências futuras podem ser bem diferentes das passadas, por fatores como as mudanças climáticas e a crescente obesidade e vício”, disse Liane Ong, pesquisadora-líder no Instituto de Métricas e Avaliações Médicas da Universidade de Washington, que liderou o estudo. Outro estudo da equipe da Carga Global de Doenças previu que a expectativa de vida deve subir 4,5 anos até 2050, de 73,6 para 78,1 anos. Os maiores crescimentos devem ocorrer em países onde as estimativas atuais são baixas, o que indica uma convergência global da expectativa de vida. Contudo, embora as pessoas caminhem para viver mais, elas devem ficar mais tempo com a saúde deteriorada, prevê o estudo. (Reportagem de Jennifer Rigby)

Escrito por Reuters

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