Observadores da UE rejeitam 'categoricamente' alegações de fraude eleitoral no Equador
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Por Alexandra Valencia
QUITO (Reuters) - Os observadores da União Europeia disseram nesta terça-feira que rejeitam 'categoricamente' as alegações de fraude nas eleições presidenciais de domingo no Equador, juntando-se a um coro de rejeições ao pedido de recontagem feito pela candidata de esquerda Luísa González.
As autoridades eleitorais, a Organização dos Estados Americanos (OEA), os Estados Unidos e membros da própria aliança de González afirmaram que o presidente Daniel Noboa garantiu um mandato completo na votação.
A vantagem de Noboa, de mais de 1 milhão de votos, foi surpreendente, depois de um primeiro turno apertado em fevereiro, quando ele terminou à frente por pouco mais de 16.700 votos.
'Rejeitamos categoricamente a narrativa repetida de fraude que levou a candidata (do Revolução dos Cidadãos) a não reconhecer os resultados', disse o chefe da missão de observação da UE, Gabriel Mato, durante uma coletiva de imprensa.
Sua equipe não viu nenhuma evidência de manipulação ou relatos confiáveis de fraude, disse Mato, acrescentando que os equatorianos votaram livremente.
No entanto, há trabalho a ser feito para as futuras eleições, para garantir que as doações de campanha sejam rastreadas adequadamente, disse ele.
O partido indígena Pachakutik, que havia apoiado González, disse em uma declaração na terça-feira que reconhecia a vitória de Noboa e esperava que as promessas de campanha fossem implementadas para o bem do país.
González não apareceu publicamente desde domingo à noite, nem forneceu detalhes do que ela disse ser uma fraude 'grotesca'.
Os títulos internacionais em dólares do Equador, que subiram acentuadamente de preço na segunda-feira devido à reeleição de Noboa, continuaram a se valorizar nesta terça-feira. O papel com vencimento em 2030 foi negociado pela última vez a 73,5 centavos de dólar, um aumento de 2,75 centavos, após uma alta de 17 centavos na segunda-feira.
(Reportagem de Alexandra Valencia; Reportagem adicional de Rodrigo Campos)
Escrito por Reuters