Oficial turco diz que operação terrestre na Síria é opção após bombardeio
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ANCARA (Reuters) - Uma operação terrestre na Síria é uma opção que a Turquia poderá considerar, disse uma autoridade do Ministério da Defesa nesta quinta-feira, depois que Ancara descobriu que dois criminosos que detonaram uma bomba perto de prédios do governo no fim de semana vieram da Síria.
'Nosso único objetivo é eliminar as organizações terroristas que representam uma ameaça para a Turquia. Uma operação terrestre é uma das opções para eliminar essa ameaça, mas não é a única opção para nós', disse a autoridade.
A Turquia redobrou suas operações contra o Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK) depois que o grupo reivindicou o ataque a bomba em Ancara, realizando ataques aéreos no norte do Iraque.
As autoridades turcas disseram que qualquer infraestrutura e instalações de energia no Iraque e na Síria controladas pelo PKK, bem como pelas Unidades de Proteção Popular (YPG), são alvos militares legítimos. Ancara vê o YPG como a ala síria do PKK.
'O PKK e o YPG são a mesma organização terrorista, são nossos alvos legítimos em todos os lugares. A Turquia conduziu operações quando e onde for necessário no passado, e essas operações continuarão se necessário novamente', disse o funcionário do Ministério da Defesa.
'Essas operações estão sendo conduzidas de acordo com os direitos de autodefesa decorrentes da lei internacional para eliminar ataques terroristas no território turco e para garantir a segurança da fronteira.'
O YPG também é a ponta de lança do principal aliado da coalizão liderada pelos Estados Unidos contra o Estado Islâmico. O apoio dos Estados Unidos e de outros aliados, incluindo a França, ao YPG tem complicado os laços com Ancara.
A Turquia advertiu as forças de outros países a se manterem afastadas das instalações controladas pelo PKK e pelo YPG.
'Estamos conclamando todas as partes, nossos países amigos e aliados em particular, a ficarem longe desses terroristas. Este é apenas um lembrete. Cabe a eles tomar as precauções necessárias', disse a autoridade, sem nomear nenhum país.
(Reportagem de Huseyin Hayatsever)
Escrito por Reuters
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